sábado, 24 de fevereiro de 2018

Livros

                             

            Leio muito.  Educação: devo isso aos meus pais. 
            Não deixaram nunca de presentear-me com bons livros.  Minha mãe era professora.  Mesmo sabendo que não se deve — teoricamente, claro, ensinar a ler antes dos cinco anos, com esta idade já escrevia com desenvoltura.  Conhecia um princípio de matemática e escrevia com muita facilidade, naturalmente pelo hábito da leitura diária.
            Meu pai, advogado, jornalista e político atuante, numa época que o jogo sujo não existia, mesmo nas bancadas da ditadura getulista.  Ensinou-me estas artes, tudo a meu pedido.  Até hoje sou um apaixonado e estudioso da nobre arte do diálogo, por vezes ríspido, mas nunca agressivo, na data passada.
            E que tem isso a ver com o que quero falar, melhor, contar ao meu povo blogueiro?  Alguns não têm blog, mas são apaixonados em participar comentando.
            Vamos lá: já disse que escrevia desde pequeno.  “Chegou a hora do meu”, pensei.  Nem sabia que o livro seria concluído.  Foi.  O problema era editar.  Mandei cópias para editoras famosas, e lá vinha o famoso bilhetinho “lamentamos informar, que embora contendo bons elementos, seu livro não foi aprovado”. 
            Procurei uma editora especializada em autores novos.  A Protexto, que lançou o meu primeiro livro, “A Regra do Jogo”.  Fazia parte da primeira página deste, com o título ‘publicados’.  Como os pedidos foram poucos, levei um pontapé e perdi o selo.  Migrei para a Amazon, e lá coloquei toda a obra, no formato de livros eletrônicos.  Continuam todos na gigantesca editora.  O problema não era esse, eu queria livros físicos, e embora a Amazon tenha também desta forma, o processo é complicado.  Mas uma editora norte-americana entrou em contato comigo e acabou publicando em inglês “The Rules of the Game”, cuja capa aparece no começo deste blog. 
            Dois livros que tenho orgulho de ser o autor: o citado e “Casarão”.  Sumiram as preocupações dos livros físicos.  Publiquei-os e já estão disponíveis no Clube de Autores, que não é propriamente uma editora, mas como diz o nome, um grande clube.  Enfim, fiquei satisfeito.  De lá não perderei mais a oportunidade de vê-los fisicamente publicados.
            Dirá o meu leitor: “está fazendo publicidade”.  Claro que estou.  Quem quiser fazer a compra, basta teclar em cima das capas.  Aparecem preço e modo de adquirir.
            Feliz, portanto!  Não me interessam vendas, dinheiro.  Mas quero saber se meus leitores gostaram ou não das obras disponíveis.



The Rules of the Game está hoje no catálogo do Clube de Autores.   

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Parlamentarismo

                                                    

            Temos, todos nós, eu inclusive, a mania de lavar roupa suja em público.
            Assim é agora e todo o sempre.  Os petistas estão em pânico.  Queriam porque queriam uma América do Sul bolivariana.  Ora, Bolívar foi um alienado político.  Não enxergando um palmo adiante do seu nariz, pretendeu juntar as Américas sob sua estranha doutrina, na qual só podemos pensar, nunca por em prática.  Ela é exclusivista, discriminatória e não atende as normas gerais de Direito Constitucional aceito e respeitado em todo o mundo.
            Socialista atual?  De jeito nenhum.  Mesmo da forma antiquada, onde o regime restringia-se aos ditames de um povo inculto e carneiro das elucubrações marxistas?  O filósofo inglês Bertrand Russel simplificou com muita propriedade o pensamento marxista: perigoso filosoficamente e equivocado matematicamente.  Russel foi conhecido matemático, enquanto Marx, advogado, nada entendia desta muita difícil ciência. 
Existem advogados apaixonados pela ciência dos números, como por exemplo, o ministro Barroso, do STF.  Mas conforme ele mesmo declarou, numa entrevista televisionada, parou seus estudos quando entrou o cálculo newtoniano.  Não por falta de capacidade, mas era, na época, chefe de um escritório muito movimentado no Rio de Janeiro.  Era preciso dedicação integral, e sua responsabilidade profissional exigia isso.
Ora, o STF já decidiu, em 2016, que transitada em julgado uma sentença de segunda instância, o réu deve ser preso e passar à pena incontinente, os recursos são muitos e corre-se o risco de prescrição, até julgamento final do Supremo.
Foi o presidente mais popular?  Talvez sim.  Mas também o que mais subtraiu o Tesouro Nacional, desde que temos dirigentes aqui no país, inclusive os das Capitanias Hereditárias, das quais somos vítimas até hoje.
Orgulhamo-nos da nossa democracia.  Que democracia, se os algozes nos ferem, e só em janeiro de 2018 já morreram treze policiais militares no Rio de Janeiro, combatendo o crime organizado?
A situação atual é muito pior da que se imagina.  Social, educativa e desenvolmentista.  A solução é uma só: trabalho.  Trabalho honesto, por toda a sociedade e pelos representantes dela.  Sem presidencialismo, o motivo de todas as discórdias, mas com um parlamentarismo exemplar.