domingo, 18 de janeiro de 2015

E estratégia do Planalto

                

            Destituído de homens capazes na economia, o PT jogou a sua cartada, que acredita de mestre.
            Joaquim Levy, ligado a outros economistas competentes, todos da mesma turma que participou direta ou indiretamente do Plano Real, foi nomeado ministro da Fazenda muito a contragosto da presidente.
            Não havia alternativa: ou era alguém muito capaz, o que não existe no PT, repito, ou o desastre da herança maldita, deixada por Lula e ela mesma iria tumultuar o governo, quem sabe ameaçando sua queda por pressão popular, já que a vitória na eleição foi por margem muito estreita de votos.
            Levy não é tolo.  Sabe que a tarefa é difícil e já avisou que para este ano não haverá grande progresso.  A economia pode ser controlada, e só.  Vai crescer de acordo com a produção do país.  É interessante notar que o completo estrelismo da presidente sumiu.  Não abre a boca e permanece escondida, aguardando os resultados.  Vai permanecer assim até as finanças do país entrarem nos eixos. Só então voltará com a arrogância de sempre.
            Vai cantar vitória, naturalmente.  Que não é sua nem do seu partido, que se encontra esfrangalhado.  Agora, ao que tudo indica, vai perder Marta Suplicy, que deve concorrer ao cargo de prefeito de São Paulo.  Provavelmente, vai pedir auxílio ao governador Alckmin, virtual candidato a presidência da República.  Mais uma vez o PSDB está em cena, como no caso do ministro da Fazenda.
            Ao que tudo indica, o Planalto vai alardear vitória presidencial e petista, tão logo o país entre na normalidade. A presidente volta a assumir sua característica arrogância e tenta fazer seu sucessor.  Um golpe que a equipe financeira já sabe desde a posse.

            Anda feia a coisa.  Como se não bastasse o inquérito da Petrobras, cada vez mais ameaçador, a presidente agora corre o risco de uma revelação incômoda feita pela Suplicy, que nunca rezou na cartilha dos obedientes pacíficos, ao contrário. É dela a última frase que corre pela política nacional: “ou o PT muda, ou acaba”.  Nada pode ser mais certo. 

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Granada



Granada, de Agustín Lara, tradicional música espanhola, é apresentada em raro momento. É cantada pela bela e famosa mezzo soprano Elina Garanca, com acompanhamento da Orquestra Filarmônica de Berlim, conduzida pelo maestro Gustavo Dudamel. É difícil reunir tantos talentos para realizar um espetáculo como este.