domingo, 28 de novembro de 2021

Vida atual

                                      Vida atual

 

            Sabem?  Estamos numa encruzilhada do bem e do mal. Em todos os sentidos.

            O mundo, melhor, os países dele, parece ter perdido o menor sentido.

            É a agonia atual, a que estamos vivendo.

            Não há mais respeito pela vida humana, quando se trata de saúde!  Sim, por mais incrível que possa parecer, Bolsonaro não conseguiu destruir a saúde brasileira.  Na vacinados contra a covid, na data de hoje, 27/11/2021, em estimados sessenta e dois por cento da população.  Ainda distantes do ideal, mas para o Brasil do momento, uma vitória!

            Bom não considerar, muito bom, que a batalha final está ganha.  Não está, para nenhum país do mundo.  Não só no combate às doenças, mas ao crime, à pobreza, contra a educação e a cultura.

            No momento atual, a sociedade é apenas um lixo. Vou parando. Até aqui é modo de entender.  Se continuar, vai ser pregação, que detesto.

            O futuro ano, 2022, será eleitoral.  Disputa entre medíocres e ladrões, é o que costuma ser.  Não desta vez.  Será entre medíocres. Politicamente, não se enxerga um no horizonte que conheça a nobre arte.  Como abusam dela!  A política é fina, requer conhecimento da nobre arte de dialogar, entender as necessidades de um povo.  Mesmo Moro, segundo acredito, não é um político capaz.  Não temos mais isso.  Foram-se os grandes, ficaram os que ainda são grandes, como FHC.  Mas já deram seu recado!

            Confuso!  Ficou tudo muito confuso!


domingo, 7 de novembro de 2021

Solidão


 

                                                   Solidão

 

            Dia quente, sem exagero.  Uma brisa amenizava.

            — Mas que cara é essa?

            — A minha. 

            — A sua nada. Pensando em quê?

            — Em nada.  Ora, estou sim.  Velho, sem a força que tinha antes, potente por causa das farmácias... Prossigo?

            — Para dizer bobagem já está de bom tamanho.  Pode parar.  Acaso eu estou melhor do que você?

            — Sei lá!  Quem sabe disso não sou eu.

            Dois velhos amigos de infância, conversando o que só eles mesmos poderiam.  Aparecem muitas recordações, namoradas, moças bonitas da época, aventuras, confusões, festas e o colégio.  Este sempre foi o pomo da discórdia. Odiado por muitos, amado por poucos e necessário para todos, não havia mágica. Ou se aprende, ou morre estúpido que não teve vida condigna. É assim, não se foge a esta regra.

            — Pois eu lhe digo.  Passou dos sessenta e cinco, é melhor morrer.

            — Sessenta e cinco?  Tem muita gente bem mais velha vivendo feliz, feliz!

            — Até quando tomar o primeiro susto!

            — Homem, você está macabro!  Susto?  Que susto?

            — Aquele em saber que a sua primeira namoradinha, linda, tão doce, apaixonada, morreu.

            — Hein?

            — Morreu, rapaz, morreu.  Pensa que somos eternos?

 

            O velho e muito conservado alpendre, onde estavam sentados em cadeiras confortáveis, mesa longa e simples, cheirando a cera, bebendo um velho e conhecido blended, foram as únicas testemunhas.