Paris é uma
festa
Um dos mais agradáveis livros de Hemingway, quando era
moço e estava na cidade com muitos intelectuais da época, acompanhado pela sua
esposa Hadley, o mestre escreveu a peça até hoje muito lida. Imortal, claro!
Em determinada passagem, faz uma confissão. Seu amigo Scott Fitzgerald, autor de “Suave é
a noite”, até hoje um sucesso, depois de tomar uns ‘marcs’, que nada mais são
do que aguardentes feitos a partir de frutas, desabafa com o amigo: “estou
desgraçado”.
“Desgraçado como?”
“Zelda me disse que sou incapaz de dar prazer a uma
mulher com membro tão pequeno”. Zelda
era a mulher dele.
“Pois vamos ver”.
E foram a um banheiro público, plena Paris. Scott exibiu o instrumento.
“Normal. Zelda é uma chata”, e convidou o amigo a darem
uma volta no Louvre, a fim de apreciarem esculturas de nus famosos. Como Hemingway tinha afirmado, nenhum erro, Scott estava dentro dos ‘padrões de normalidade’. Motivo, naturalmente, de uma boa rodada de
vinhos, ‘marcs’ e alegria.
O fato é antológico.
Muitos se preocupam com a aparência, beleza, robustez, tanto de si como
do seu corpo. Tolice! Sempre foi assim, o mundo, a Terra, o
Universo e o homem não mudam! É o
destino de todos nós!
imagem: "David", de Michelangelo