Não,
não é o político feio, careca e inteligente.
É
a serra de Friburgo, Nova Friburgo, para ser mais exato. Frescor característico, os pulmões agradecem
quando se enchem do ar limpo. Tanto ele como ela, marido e mulher, moravam ali fazia
anos. Construção de alvenaria, primeira
qualidade, e madeira, muita madeira, especialmente no teto de alto pé direito. Dizem um erro, fazer assim na serra; no entanto
o tamanho da lareira, em pedra do lugar, não era nada incapaz, para os dias de
meses frios.
Atividades?
As mais diversas. Todo o lugar
permitia. Acordar quando o sol ainda não
tinha nascido, ligar o fogo — de gás, o tradicional fogão a lenha demora um
pouco para fazer o delicioso café que perfuma a casa toda, mas não a
floresta. Esta dá o tom. É seu mesmo e já estamos incomodando muito.
O
som de água corrente não cessa. Desperdício,
deixar a torneira aberta? Qual! Ela está assim há não se pode imaginar quanto
tempo. É um riacho que corre nos fundos
da casa, que não precisa ter torneiras, mas tem. A água, desviada para uma
grande caixa, querendo ou não querendo as leis do controle, não vai
cessar. O riacho é grande. Foi trabalhoso canalizar e colocar a água.
O
que fazia, e faz o casal? De lá saem belíssimos
bronzes. Esculturas que dão gosto
ver. E livros, “livros à mão cheia, e manda o povo pensar”. Não pode
imaginar como? É fácil. Basta pensar que nossa vida tem uma
alternativa atrás da outra, e que nada está estático no Universo. O ar não cessa de soprar, a água de jorrar, a
vida de correr e nós de participarmos deste mundo maravilhoso. Muitas vezes, conscientemente. Muitas, também, com propósito
determinado. São tantos... Uns muito
construtivos e cheios de igualdade.
Outros, onde impera a maldade, a desavença, a crueldade.
Reclamar
não adianta. Nunca fomos perfeitos e, em
tempo algum, conseguiremos alcançar este estágio.
É
pena! Muita pena!
“Não me perguntes por quem os sinos
dobram. Eles dobram por ti” — John Donne.