Balada
Tudo silêncio. Não se ouvia a barulheira infernal das cidades.
O mundo mudou para pior, bem pior. O desrespeito pela sociedade parece ter tomado conta de tudo. Não parece, tomou mesmo.
É só aqui? Todos fazem a pergunta. Não. O mundo caminha por trevas. Estas vias obscuras parecem ter tomado conta em definitivo do poder.
É o crack amaldiçoado, o sintético químico que mata aos poucos, sem ninguém perceber. O ecxtasy arrebenta tudo, corpo e alma. Mas tem cada vez mais adpetos, que não tomando conhecimento da acumulação progressiva no corpo, usam indiscriminadamente a droga que deixa a boca seca.
É o mundo que se vive hoje, não por todos, mas por minoria que pode contagiar. Era o que acontecia com o casal que não passava dos vinte e cinco anos de idade. Bebiam água, muita água. Os sensores cerebrais haviam perdido o controle sobre o corpo.
A casa da balada permitia que tal fato acontecesse. Assim é no mundo inteiro. Parece que os jovens, especialmente os que não foram educados com carinho por pais e mães, perdem-se no aparente mundo encantado.
O mundo é assustador e maravilhoso, ao mesmo tempo. Será que é fato de hoje?
Tudo leva a crer que não. O mundo mudou. Impossível saber, se no silêncio da madrugada, estamos descansando, dormindo ou não.
Para muitos, as noites altas são feitas visando o descanso. Muitos, e não são poucos, gostam de aproveitar o período para produzir.
Suave é a noite, de Scott Fitzgerald, é um dos exemplos.
A noite é tranquila. Pode sim, pode não. Afina. É uma questão de gosto. Nada mais.
3 comentários:
Pegou pesado, compadre. Infelizmente, verdadeiro. Pelas madrugadas, pude ler algumas das mais importantes obras do gênio humano. Escrevi também algumas coisinhas que fizeram muito barulho. Enfim, como você diz, é um estilo, um modo de vida. Gostei.
Assunto para ser pensado e repensado. Um realismo cruel.
Bem posta, a questão.
É, Jorge...não sei para onde a humanidade está caminhando. Sei somente que é muito triste, principalmente para nós que temos nossos filhos.
Beijos
Márcia
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