O triunfo de Baco/Diego Velázquez
As noites de verão eram agradáveis. A suave brisa vinda do mar tornava a varanda do clube náutico muito simpático.
Os casais conversavam sobre os mais diversos assuntos, mas o mar, os veleiros e as técnicas dominavam a falação acompanhada de cerveja.
Se você conhece um clube náutico, sabe que existem dois grupos distintos: o grupo da vela e o das lanchas. Cada um tem sua rodinha. Por volta das onze, onze e meia da noite, iam-se embora.
Um casal jovem passou certa noite por um problema. Nada coisa séria, mas que ficou conhecido.
Moravam numa casa, e a mulher abria o portão para a entrada do carro, enquanto o motorista, armado, tomava conta. Era sempre assim, anos.
Certa noite, um tipo não arrebentado pela vida, mas também sem nenhuma aparência decente, completamente embriagado, tentou pular o portão de ferro que a mulher já havia fechado. Seu marido, ainda um moço de vinte e sete anos de idade, arma na mão, partiu correndo em cima do invasor. Ficou aliviado quando percebeu que não era assalto, ou diabo parecido. Apenas o velho conhecido bêbado do bairro que queria, conforme falou, dormir na varanda.
- Desce daí, moleque.
- Mas eu só quero dormir na varanda.
- Some.
- Vou entrar. Tô com sono.
- Você vai e levar um tiro se não descer agora.
- Então atira! - Ele havia aberto a camisa, desafiando. A esposa, bem jovem ainda, queria entrar na casa com o marido e chamar a polícia.
Casos como este não tem alternativa, gente moça, forte e ainda por cima armado, não suporta ameaças de invasão da sua casa.
- Rapaz, desce logo senão eu vou te encher de pancada.
- Valente, o garotão. Vem dar pancada, vem.
Têm certos fatos que não se explicam. Sem mais estar raivoso, o dono da casa falou para o empoleirado tipo no portão, não demonstrando raiva, mas imenso sarcasmo: “Não vai descer não? Olha, cu de bêbado não tem dono. Vai ser hoje”, e partiu para cima do vadio que não teve medo de arma, nem de levar uma surra, mas diante da ameaça, bateu o recorde olímpico, dos 200 metros rasos, acredito.
O casal riu muito com o fato, e a mulher não conhecia o velho ditado e brincadeira tão antiga. Riu muito, mas ficou espantada com o marido.
Sua inesperada reação resolveu o problema.
3 comentários:
Já pensou, Mestre Escriba, se o camarada fosse "chegado"? Hilário...
Conta a verdade, Jorge, rsrs.
Todo mundo sabe que aconteceu com você. E se como disse o Caio Martins, o cara fosse um adepto?
Beijos
KKKKKKKKKKKKKKK....... pegou pesado seu Jorje... Essa foi de negão tá ligado?? O charope tá mais é andando de bunda pra parede até hoje.... Mandou bem mano e fui...
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