Cecília Meireles/Google
Muitas pessoas escrevem nos sites da internet, hoje em dia.
A gente fica pensando: como começaram? Já escreviam antes e aproveitaram-se da facilidade, ou tinham o talento guardado, esperando a oportunidade de manifestar-se?
Difícil dizer. Só fazendo uma grande pesquisa. E os institutos da vida não parecessem interessados na empreitada. A melhor maneira de sabermos é lendo o perfil do autor, mas se ele não escreve desde cedo, não costuma revelar o fato.
Cronistas, contistas e, sobretudo poetas, aparecem em grande número nos sites literários, sem falar nos blogs.
Como em toda atividade humana, encontramos escritores e poetas – acho estranha esta diferença. Acaso o poeta não é um escritor? A interrupção veio mal. Dizia que temos neste meio, boas, médias e fracas pessoas na atividade, como é característica de toda atividade humana.
Mas o interessante são os iniciantes. Pegam um tema e vão desenvolvendo, como se fossem velhos e experimentados escritores. Salutar audácia! Muitas vezes revela um talento brilhante.
É evidente que nem sempre é assim. Temos prosa chatíssima, e poemas completamente sem pé nem cabeça. Aqui o campo é mais fértil. Aproveitando-se da liberdade nos versos, os iniciantes aproveitam e abusam da falta de conhecimento. Poucos sabem contar as sílabas de um verso.
Talentos e falta dele. O efeito final é bom. Distrai, evita que o autor saia por este mundo doido cometendo disparidades e, quem sabe, pode revelar outro sucessor para Jorge Amado ou Cecília Meireles, por exemplo.
6 comentários:
Sader,
é positivo o fato de todos terem oportunidade de divulgar o que pensam. Preocupante, porém, ver que o império da mediocridade como norma impede o surgimento de jovens autores, dado que são rejeitados pela galera.
Imita-se pelo mais imbecil e rasteiro, tem-se vergonha de procurar nivelar pelos melhores. Mencionando sua crônica anterior, vivemos tempos imbecis de bundas e peitos emborrachados e miolos fritos de berço. É o que o povão quer. Democracia tem dessas coisas.
Um simples texto, mas bem verdadeiro. Com também escrevo em site da internet, concordo com o autor, experimentado e conhecido.
Mas é sempre assim, Jorge?
Um dia Jorge Amado e Cecília Meireles voltam com outros trajes. Mas não acredito, pelo que leio, que saiam da internet. São muito poucos os bons. O Venâncio tem razão.
Muitas pessoas , escrevem desde jovens , crianças até , depois na idade madura , até já editaram e publicaram livros mas , muitas vezes , por outros compromissos da vida real , de filhos , cotidiano enfim , são impedidos ou restringidos de dar continuidade a seus talentos ou vocação , que são coisas diferentes , permanecem estes encapsulados , contidos , a internet simplifica as possibilidades , isenta das burocracias inerentes ao sofismático e hipócrita mundo real , a virtualizade enseja novas possibilidades , dispensando o exagero da forma , dando ao escritor a fluência em sua evasão de criatividade e sensibilidade . Na verdade , penso que todos temos a arte em latência , em quaisquer das suas expressões artísticas , precisamos acionar nossos potenciais , isto é o que a internet oportuniza às pessoas mais retraídas , menos corajosas , novas possilibidades , novas sinfonias de soltura de emoções contidas , novas claves , novos gritos , enfim , uma renovação saudável . Meu carinho , um abraço afetuoso , Sandra
Eu acho essa mistura fantástica principalmente porque todos tem a oportunidade de aprender já que têm acesso livre aos que têm um padrão mais alto de escrita. Se não fosse por esses sites isso não ocorreria. Eu não sou uma escritora profissional, me considero uma escritora popular, com uma linguagem simples que qualquer iletrado pode entender. As pessoas gostam disso. Sem mencionar a qualidade do conteúdo de alguns textos e sim da nossa Língua tão querida, quando vejo erros de Português entro em contato em off e ofereço a correção. Sugiro que se a pessoa tem dificuldade com o Português, que use um corretor de textos e até hoje todos, sem excessão, me agradeceram por isso. Todos podemos ajudar quem está aprendendo mas não vejo isso acontecer, o que é uma pena. Nesse caso toda a crítica fica vazia.
Um dia eu recebi um comentário num texto meu assim: "Eu acho que você fez um inesperado soneto heptassilábico (não existe)..." kkkkkkk eu achei aquilo engraçado. Pra mim um soneto era um texto com 4+4+3+3 linhas e só e pensei: agora existe. Mas fiquei feliz por alguém ter se importado comigo. Enfim, só pra lembrar, m... todo mundo escreve, até os famosos.
Parabéns pelo blog. Tá bonito. Bjs
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