Icaraí
Existe, na minha cidade da Vila Real da Praia Grande, hoje Niterói, um ônibus alucinado que percorre a cidade inteira, o chamado Volta ao Mundo.
Fartamente usado, é alvo de pequenos marginais, que fazem do transporte seu ganha pão. Roubando ou furtando, é bom que se diga.
Quem anda no 51, a linha do citado coletivo, está avisado. Risco de perda, a qualquer momento.
Mas o pessoal ficou esperto. Nada de pegar a condução com a carteira cheia! Cinquenta reais, no máximo dos máximos. Relógio? É aquele que o camelô da esquina vende por menos do que você tem nesta carteira. Celular? Está doido, homem? Por causa de um de terceira linha, o famoso “pai de santo”, só recebe, você pode levar um tiro do pivete que a vida malvada criou.
Melhorou, agora. Os próprios assaltantes preveniram as vítimas. E assim perderam uma boa fonte de renda, absolutamente isenta de declaração!
Os dias atuais parecem um sonho, ora na praia, bem acompanhado, cerveja gelada, água de coco, sombra, mergulhos, têm que ser vigiados, ou você não volta parta casa. As chaves do carro ou o dinheiro da passagem de ônibus somem com facilidade incrível.
O mais novo golpe é fatal. Você senta ao lado de um belo par, ela uma sereia, ele um galã, e a conversa inicia na hora.
Eles são simpáticos, pagam a cerveja e quando vão dar um mergulho, pedem que você tome conta da tralha que carregam.
Voltam satisfeitos, refrescados.
Você faz a mesma coisa. A água está deliciosa!
Quando volta, nem a sandália ficou, levaram tudo.
3 comentários:
Que cidade violenta! Muda pro Rio.
Parabéns pela crônica, ri bastante.
Abraços.
recanto bloguístico de pura beleza, parabens, adorei o espaço! te seguirei!
Compadre Jorge,
o bom cabrito não berra e o bom malandro não chia... E o que engorda o boi (ou garante as chinelas) é o olho do dono...
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