Noite Quente/Google
Não sei bem. Não tenho certeza, mas o mês de dezembro eu entendo pesado.
De modo algum tenho, como muitos, horror ao mês do Natal e Ano Novo. Nem fico muito mudado, mais feliz, como a maioria das pessoas.
Tenho um exemplo do qual não posso me esquecer. No dia primeiro deste mês, minha mãe tinha outro espírito. Era tomada por alegria intensa, e transmitia este fato.
Gostava de preparar a ceia de Natal; não gostava, adorava. Fazia tudo sozinha, preparava a casa e a mesa. Com todo o amor e carinho.
A toalha branca, perfumada pela lavagem cuidadosa, era enfeitada por flores e galhos escolhidos no jardim. O peito do peru, minha escolha até hoje, com uma farofa na manteiga e miúdos condenados hoje por qualquer cardiologista.
O bolo! Ah, o bolo... Minha mulher tem a receita até hoje, o caderno deixado está intacto.
Ano Novo e era a mesma coisa, mas com saladas leves. Champanhe, sempre. Festas íntimas, domésticas, afetivas e amorosas.
São recordações agradáveis que aliviam o coração.
Foi neste clima que passei minhas festas de fim de ano. Tudo era muito diferente.
As estrelas ainda luziam no céu. As cidades não eram blocos de concreto, agressivas.
Tudo mudou. Para pior, bem pior, salvo em cidades pequenas que mantêm a tradição.
É pena, uma grande pena, a materialização de festas tão bonitas.
3 comentários:
Chamar a atenção é necessário. Não custa muito e este povo só vai lembrar que no verão é Carnaval.
Salve, mestre!
O mando é do vulgar, popularesco, banal. Os valores que você cita, Jorge, perderam-se há muito tempo.
Beijos.
Eitcha Jorjão da gota serena... Aquele sentido de família, com muito carinho no meio para celebrar o nascimento de Cristo, foi assassinado pelo consumo histérico e desenfreado.
Faço minhas as palavras de Pedro Jorge e de Milla, e assino em baixo das suas, Mestre Escriba.
Forte abraço.
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