Todos célebres da vida pública costumam carregar histórias e casos interessantes da sua existência, nem sempre verdadeiros, mas fantasiados por obra dos biógrafos e do próprio povo.
Fréderic François Chopin, polonês de nascimento, mas que viveu sua gloria em Paris, França, não escapou do costume tradicional. Muitas histórias são contadas sobre o músico, grande parte delas envolvendo sua união com George Sand, pseudônimo masculino da escritora Amandine Aurore Lucile Dupin. Voluntariosa e conquistadora, George foi ligada também ao poeta Alfred de Musset, entre outros amores tumultuados.
Dono de uma técnica até hoje considerada espantosamente perfeita para tocar piano, a obra de Chopin é muito grande e seus concertos nos famosos templos mundiais da música são citados como verdadeiros acontecimentos históricos.
Chopin teve muitos amigos em Paris, entre eles o próprio Musset. Franz Liszt, o mais notável pianista de todos os tempos era um dos seus próximos, bem como o pintor Eugène Delacroix, o mais expressivo da época romântica.
Conta-se que determinada ocasião Chopin estava no ateliê de Delacroix, em conversa animada com o autor de “A Liberdade Conduzindo o Povo”. Era conhecida a habilidade do pianista no desenho de retratos a lápis, desde seus primeiros anos. Chopin enquanto conversava estava aparentemente entretido com o material de pintura de Delacroix, quando este lhe pediu que mostrasse sua capacidade com o papel e o lápis. O compositor riu e mostrou um retrato que tinha acabado de fazer do seu amigo, que ficou deslumbrado ao ver a perfeição do desenho. Enquanto conversavam, Chopin estava trabalhando no retrato do grande mestre da pintura.
Verdade ou não, é certo que eles eram amigos e Chopin foi mesmo na mocidade um excelente retratista. Se fez o desenho de Delacroix, nunca ninguém vai saber, pois até hoje o mesmo não foi encontrado.
13 comentários:
Amigo Jorge, sempre é uma grande satisfação ler seus escritos. Amei conhecer melhor o grande Chopin. Olhe as curiosidades que encontrei, ao pesquisar:
http://musicaclassica.folha.com.br/cds/02/curiosidades.html
Estou conhecendo esta passagem através deste blog, Jorge! Você é um pesquisador e tanto! Parabéns.
Muito agradável a leitura do seu texto, prezado amigo. Já gostei muito da música de Chopin, em especial do Noturno nº XI, mas com o tempo passei a gostar mais do Beethoven e do Bach. Não conhecia o Chopin como desenhista. Obrigado.
abraços.
É muito agradável ler suas crônicas,escritor Jorge Sader.
Melhor ainda quando tratam de aspectos interessantes da vida de grandes artistas.
Gosto das músicas de Chopin.Não conhecia seu lado desenhista.
Parabéns!
Beijos.
Oi, Jorge, este é um dos meus clássicos prediletos. Fui influenciada provavelmente por um filme sobre sua vida que vi ainda menina. A verdade é que, sempre escuto alguma obra dele. Talvez porque goste também da literatura e da música da época do romantismo. Também fiz uma biografia dele e publiquei no Recanto das Letras. Abrs Mardilê
Jorge, Chopin foi - além de gênio musical - também um patriota. "...suas Polonaises introduziram no terreno da música a inovação do impacto nacionalista e do pendor patriótico, transformando-o em modelo proeminente de utilização de sua terra natal como fonte de inspiração" (diz sua biografia).
Bela lembrança, excelente artigo!
Forte abraço.
Metres e Guru Jorge, isto é cultura, isto é vida, isto é ensaio. O que a vida precisa são de fatos históricos que agreguem conhecimentos sobre os ícones da humanidade e os seus gênios.
Chopin, Bach, Belchior e Luiz Gonzaga todos na sua escala merecem de vez em quando uma rememorada para que não caiam no esquecimento.
Estes são realmente imortais.
Vou mais longe, sem estes ícones muito da vida não teria sentido.
Estou enviando esta aula aos meus amigos . Iderval.
Eu, que aprecio divinas músicas clássicas, agradeço o aprendizado de hoje! Valeu, Jorge.
Abraço, Célia.
Meu caro Jorge,
Amo Chopin, e cheguei a tocar alguns de seus prelúdios e valsas, no tempo em que estudei piano. Não sabia desse curioso episódio narrado por você, envolvendo Delacroix. Jorge Sader também é cultura! Abs.
Jorge, o gostoso de suas crônicas, é que você foge das mesmices lidas aqui, e busca rebuscar com brocados e arabescos, dando requinte cultural, para uma boa leitura!
ADOREI!
Quando eu era pequena, meu cunhado tinha uma coleção de discos de vinil, que eram ricamente embalados em uma caixa azul-marinho. Era,m apenas de compositores clássicos. Foi ali que eu comecei a gostar de música clássica. Ouço Chopin desde que tinha dez, onze anos de idade, e sempre adorei.
Jorjão,
Numa patotinha dessas verdades ou fantasias assumem importância secundária. Já pensou a gente lá? Trocando filigranas com essa rapaziada? Deus de Israel! E ai, se Chopin desenhou ou não Delacroix...
Belo texto parceirinho. Você sempre descobre um jeito de surpreender a gente.
Meu carinho,
Anderson Fabiano
Jorge, você sempre surpreendendo em refinamento,cultura e elegância.....bjus
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