Um dos mais conhecidos homens de todas as épocas foi o
médico vienense Sigmund Freud.
Não se pretende fazer sua biografia, mas tão somente
contar como foi a sua morte. Normalmente
ela é descrita como consequência de um agravamento severo de um câncer na
mandíbula superior do homem que estabeleceu as bases e criou a psicanálise.
Freud era um inveterado fumador de charutos. É fato comprovado que a quente fumaça do
mesmo é uma das causadoras do câncer na boca.
Como já se disse, no seu caso foi atingida a mandíbula superior. Cirurgia feita, obedecendo à recomendação de
deixar espaço para o charuto, que não abandonou. O estudioso terapeuta continuou a exercer sua
profissão e o velho hábito do charuto, sempre preso nos seus lábios e dentes.
Esta situação prolongou-se, não muito, mas o tempo
suficiente de ele dar uma longa entrevista, onde abordou o problema da
morte. Sua opinião era muito lúcida, a
respeito. Não a discutia: aceitava.
Seu estado de saúde piorava bastante, como não poderia
deixar de acontecer. Conta-se que fez
mais de trinta cirurgias no local afetado.
Nessas ocasiões, sempre surgem fantasias, próprias da mentalidade
humana. Dizem que tinha uma cadela de
estimação, “Jofie”, uma chow-chow. Eram excelentes companheiros e Jofie era
como se fosse sua ‘assistente’. Caso ela
implicasse com algo de algum paciente, de imediato o psicanalista absorvia a
dúvida canina e passava a ter outro tipo de comportamento com seu analisando.
Com certeza este fato é verdadeiro, pois era conhecido da
sociedade. Vem o espírito criativo do
homem e acrescenta que depois de uma piora considerável, Freud não mais
permitiu que Jofie o visse sofrendo.
Proibiu a entrada no quarto. Mas
não foi essa a parte importante da despedida do mestre.
A eutanásia sempre foi um tabu dos mais sérios que a
sociedade enfrentou e enfrenta. Freud
combinou com seu médico particular que logo estivesse no fim, sem mais
esperanças, a dose de morfina, aplicada contra as dores que sentia, seria
bastante aumentada, letal.
Assim é que no dia 23 de setembro de 1939, o médico que
dele cuidava, cujo nome não vai ser revelado, percebeu a face do amigo com
forte cheiro de deterioração, o tecido estava perdido.
Parece que não falaram.
A troca de olhares, em muitas ocasiões, é um veemente discurso. Pouco tempo depois Sigmund Freud era dado
como morto, vítima de tumor maligno em osso da boca. É o que consta na certidão de óbito. Não é a realidade. Foi overdose de heroína mesmo.
10 comentários:
Fala Jorginho, um repórter da história. "onde abordou o problema da morte. Sua opinião era muito lúcida, a respeito. Não a discutia: aceitava", como você refere. E adianta discutir ou não aceitar o inevitável? É o que se sabe dele, quanto à sua partida e do sofrimento com a doença.Um abraço. Celso
Muitas nuances e uma abordagem lúcida, quase jornalística. Esse é Jorge. E que ninguém duvide de sua capacidade literária.
meu carinho,
Anderson Fabiano
Nunca tinha ouvido ou lido qualquer coisa a este respeito, Jorge.
Muito bem levado, ser ser reportagem.
Beijo.
Carmem
Impecável, Jorge! É o fato com a perspectiva humana do narrado. Forte abraço!
Escolhas. E lucidez.
Vida é para ser vivida... Vegetada, sem esperanças, jamais! Também sou favorável à eutanásia. Pela sua postagem, meu caro Jorge, terei que apostar em overdose? Terrível, hein?!
Abraço.
Soube compreender a vida dos seus semelhantes, mas especialmente, a sua também.
Excelente, Jorge.
Abraço.
Pedro Jorge
“Os judeus admiram mais o espírito do que o corpo. A escolher entre os dois, eu também colocaria em primeiro lugar a inteligência.”
SIGMUND FREUD
Parabéns pelo tema de fazer-nos pensar.
Um grande abraço Jorge!
Este grande nome da psicanálise foi o
responsável pela revolução no estudo damente humana.
A partir de sua teoria, este grande
psicanalista resolveu tratar esses casos através da interpretação dos sonhos das pessoas e também através do método da associação livre, neste último ele fazia comque seus pacientes falassem qualquer coisa
que lhes viessem à cabeça.
Com este método ele era capaz de desvendar os sentimentos “reprimidos", ou seja, aqueles sentimentos que seus pacientes guardavam somente para si, após desvendá-los ele os estimulava a colocarem esses sentimentos
para fora. Desta forma ele conseguiu curar
muitas doenças mentais.
Adorei o tema Jorge.parabéns!
Desconhecia o fato. Jorge Sader é cultura! Abraços.
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