Fora de moda, de tempo, de tudo. Aliás, se está fora de moda, não é preciso
dizer mais nada.
Para variar, calor.
Também para variar, sujeira, baderna, bandidos, uns de gravata, outros
de tênis ‘de marca’ e bermudas.
Entrou num botequim sujo.
Tomou duas talagadas grandes, antes de consumir o resto do copo. Como andava de tênis, o copo era de
aguardente mesmo. Álcool é bom, mesmo
para quem está viciado em maconha.
── Tudo em cima, Zezinho?
── Tudo. Geraldo
já deu as caras?
── Eu não vi.
── Tá me devendo.
Entreguei oitocentas gramas.
── Dizem que é de confiança.
── Se não for, é chumbo nele.
Pediu uma cerveja.
Imagine, um homem de péssimos antecedentes, maconhado, bebendo cachaça e
cerveja. Estava armado. A tal ‘Glock’, pistola da moda, cara no país,
barata na Europa. A televisão do bar
estava ligada. Surgiu uma imagem de
mulher, que ele reconheceu na hora. Fora
assassinada, havia traído o chefão do lugar.
Com um policial, imaginem só, com um policial! Só a morte mesmo, com tortura anterior. Foi exatamente isto que aconteceu.
Sinal dos tempos.
Sim, dos tempos e acontece em qualquer lugar do mundo. Este?
Foi no Brasil mesmo.
Onde tem cachaça no mundo? Calor,
vagabundos e impunidade? Aqui. Infelizmente, aqui, especialmente onde o caso
ocorreu, no Rio de Janeiro, para a minha vergonha de carioca. Brasileiro?
Claro, mas este assunto merece CPI.
Não sabe o que é isso? Comissão
Parlamentar de Inquérito. Bandido julga
bandido, nestes casos mais rasteiros.
Pena! Grande
pena. Mas acontece!
12 comentários:
Diante de tamanha tragédia humana... Faltam palavras para argumentar a podridão sócio-política e econômica do país.
Acontece geral!
Abraço.
Final dos tempos Jorge, fim do mundo mesmo!
Excelente e explicado texto! Parabéns!
A vida como ela é...
Um abração!
Vera
Brasil, sil, sil! Esse país é um quadro de Dali, meu caro Jorge. Abraços.
Boa Noite Caro Escritor Jorge: Evidentes Formas De Assustar Os Brasileiros. Descritas Com Veemência Em Seu Artigo De Hoje. Abraço Da Luiza
Gostaria de estar lendo, e poder imaginar que fosse somente ficção! Infelizmente estamos vivenciando casos estarrecedores, tal
estivéssemos em terra de ninguém, sem governantes, sem comando,
onde impera a lei do mais forte.
Gostei da crônica, Jorge!
Abraços
Nadir
Vai feia a coisa. A cada momento que passa, uma notícia pior. Esperar para ver onde termina ou nada é a mesma coisa. Quanto pior melhor? Claro que não. Bateu duro, Jorge!
Beijo.
Carmem
Cruzes!! Bem, lendo, ouvindo e vendo... acho que não falta mais nada por aqui, né, Jorge? É só fechar a conta. Você não bateu forte, apenas contou a verdade, 'tá tudo em casa!!' Já são de 'domínio público' tais coisas.
Até mais, meu amigo! Muito bom!
Beijo.
Perfeito, Jorge. Nada a acrescentar. Retrato do que vivemos hoje.Abrs. Mardilê
Triste realidade!Meu caríssimo Jorge,descrevestes com excelência a podridão que assola nosso país.Aplausos!
Beijos.
Iná.
:) Jorjão,três bordões:
1. Dizia o filósofo popular Bezerra da Silva que só tem malandro onde tem otário.
2. Em terra de guerreiro vagabundo não se cria.
3. Vence quem luta e batalha, não quem se acovarda e chora.
Forte abraço, marujo!
Jorjão, o que poderíamos esperar de um país onde uma condenada por matar a mãe ganha indulto no Dia das Mães. Ou ainda pior, um criminoso com todas as provas contra si enrola na Justiça por meses a fio e ainda pode escapar da justa punição se elegendo presidente do Brasil?
Só mesmo Sergio Porto pra dar sentido a tamanha insanidade. FEBEAPÁ é pouco, nem Dali conseguiria nada mais extraordinário.
Abraços fraternos,
Anderson Fabiano
Vai mal...que tal fechar esse mercadinho, hein!?
Qual lugar há seguranca?
Abração, Jorge.
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