Prova/Google
Há anos passados, no vestibular da Faculdade de Direito de Niterói, aconteceu fato digno de nota.
Na primeira prova, português, a nota mínima era cinco. Não passasse, não fazia as outras provas.
Na correção, os professores usavam muito auxiliares competentes. Difícil o trabalho para um só. O caso é que um vestibulando foi eliminado. Quem corrigiu havia lido no Jornal do Brasil, na época o mais respeitado do país, um texto que chamou a atenção, que tinha, no seu entender, sido plagiado pelo estudante.
Foi o que bastou para mudarem os conceitos de correção de provas. Este aluno era estagiário do Jornal do Brasil, e o texto era dele.
Juntou a prova no pedido de revisão, quase nunca concedido. O vestibulando havia feito a crônica para o JB. E agora?
Agora que os examinadores colocaram a pulga atrás da orelha. Quem era aquele cidadão? Um jovem estagiário, somente, ou um já experimentado profissional?
A solução que deram? Foi simples. Nas provas orais, nenhum examinador deu nota menor do que oito. Passou fácil.
Não foi um advogado brilhante, mas como aluno, defendeu no Tribunal do Júri casos ditos perdidos.
Absolveu todos os réus. Parou quando a marginalidade tomou conta dos processos.
Hoje escreve crônicas, como há muitos anos atrás.
7 comentários:
E demos graças a Deus...
Bastante interessante!...
Venho agradecer a sua visita e como ando com falta de tempo, volto para conhecer melhor o seu blogue, que me parece ter muito para me ensinar.
Um abraço,
Nela
Este vestibulando acaso é fictício, ou é você mesmo?
Abraço.
Temos muitos escritores precoces por aí, é nteressante ver como a capacidade do jovem foi subestimada, e mais interessante ainda ver como pequenas coisas nos marcam tanto...
Dessa vez é um relato autobiográfico ou mais uma vez me enganei?
Beijo
ps. Também tenho minha história sobre vestibular,qualquer dia conto!
ah! os homens e essa estranha mania de acharem que viram tudo... a vida tem esquinas e atrás de cada uma, uma surpresa.
meu carinho,
anderson fabiano
Sendo bem verdadeira com o que sinto agora... "Estou arrepiada de emoção"!... Lindo texto, amigo!!
Excelente! O estagiário precoce transformou-se no talentoso escritor que leio quase todos os dias e que, por feliz gerência do destino, atende pelo teu nome? Beijossssssss
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