quarta-feira, 18 de setembro de 2013
O Poder e a Dignidade
Já exercendo a presidência da República, o general Castelo Branco passou por momento decisivo na história do Supremo Tribunal Federal.
Na época, os julgamentos de habeas corpus eram frequentes na mais alta Corte do país, sempre envolvendo casos políticos. O Supremo concedia a medida, o cidadão era solto, mas imediatamente depois preso e escondido.
A questão mexia com os brios dos ministros, na época presididos pelo austero ministro Ribeiro da Costa, inflexível no cumprimento do dever.
Indignado com o procedimento descrito, atravessou a pé a Praça dos Três Poderes e pediu para falar com Castelo Branco, que dirigia a nação. Contou os fatos e afirmou que ali estava para fazer a entrega das chaves do Tribunal ao presidente Castelo. Homem igualmente honrado, o general teria dito exatamente estas palavras ao ministro Ribeiro da Costa: “o Supremo está em boas mãos, ministro. Guarde as chaves.”
Após este fato, durante o governo do presidente-general, não se soube mais de trapaças desafiando o STF.
Fato digno de ser lembrado, na data. O ministro Joaquim Barbosa nada deve ao seu famoso antecessor. Felizmente!
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12 comentários:
Meu caro Jorge, caídos o Executivo e o Legislativo nas mãos dos quadrilheiros, hoje, 18 de setembro de 2013, o Judiciário poderá ser a bola da vez.
Celso de Mello poderá sair igualado a Rui Barbosa, Ribeiro da Costa e tantos outros que sabiam pairar, sobre o cunho frio das leis, o manto da Justiça; poderá, o ministro, também sair como Silvério dos Reis.
Oi, Jorge. Não conhecia este fato, mas vejo em Joaquim Barbosa brios suficientes para repetir o honroso gesto. Abraços!
A que ponto chegamos meu querido amigo !...hoje é um dia que tanto poderá ter um brilho singular e incomum como poderá nos arremessar as trevas .Aguardemos enquanto do passado o espírito bravo deste homens nos sinalizam exemplos e possibilidades nobres e esperançosas.
Beijos
Se o Judiciário mostrar-se subserviente e conivente com forças corruptoras é melhor que feche as portas. Triste constatar que hoje, nesta quarta-feira, pesa sobre os ombros de um único homem a responsabilidade de reaver e manter a honradez de um Poder. abrçs.
E agora, Jorge??
E agora, opinião pública? cujo clamor não serve pra nada naquela Corte Suprema. Para o ministro Celso de Mello as normas do Direito devem ver vistas com racionalidade.
Há há! Irracional é o Direito aplicado somente aos pobres, pretos e putas - onde eu me enquadro.
Engraçado que Partido Político começa com "p"
Acho que o Direito só funciona para quem tem "p" minúsculo -
Que pizzona! Pizza começa com "p"
pobre Joaquim, que é preto,deve estar puto! Tudo com 'p'.
Piedade, Senhor! Piedade desse Povo
Prasileiro!
Palhaçada!
Acalme-se, Jorge!
A minha descrença é tamanha que ainda restava um tênue raio de luz de esperança de que corruptos, ladrões e semelhantes fossem realmente penalizados... Que decepção, aliás mais uma na coleção que estamos fazendo de uns tempos à essa data! Descalabro vermos as leis ofertando benesses a 'camaradas' sem nenhum patriotismo! Bem feito pra mim que me fiz professora, cantei e ensinei hinos pátrios todos e dei muita aula de Educação Moral Social e Cívica! Haja Sociologia / Psicologia / Filosofia hoje, para que não me interne em um sanatório... "Se grita pega ladrão... não fica um meu irmão"... Jorge! Estamos num mato sem cão nem gato! Revoltante!
[ ] Célia.
Não me iludi... somos um povo descrente, uns coitados, mal servidos.
Abraços, Jorge.
Caro Jorge!
O que restará ao povo?
A esperança dizimou-se, só falta mudarem nossa bandeira!
Nem todas as pessoas tem a fibra e o caráter do General Castelo Branco...
Na verdade eu nada deveria estar comentando, por encontrar-me
decepcionada demais.
Nadir
Jorge, seu amigo Caio Martins fala em Silvério dos Reis. Que eu saiba, não tem nenhum ministro no Supremo com este nome. Corrija-me se eu estiver errada.
Beijo. Carmem
Jorge,infelizmente o ministro agiu como eu previa...Perdeu a oportunidade de ficar na história desse país ...Bjus
Jorginho, para elucidar um pouco mais a história já que faz tempo que não venho te visitar e o faço com prazer, diante de seu sumiço e clausura, a trapaça foi mecânica e homeopática, e essa história de atravessar praças para entregar chaves é caricatura da história, não houve mais trapaça do que cassar o eminente homem de ciência e honrado HERMES LIMA.É a execrável exceção, como são todas, de direita e esquerda. síndromes da humanidade desumana que nega liberdades, bota e anacrônica, ignara e insuficiente, Abraço. Celso
Pois é, Jorjão,
Mas do jeito que as coisas estão andando, talvez Joaquim devesse atravessar a esplanada e entregar as chaves pra Dilma.
Meu carinho,
Anderson Fabiano
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