sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Regra do Jogo














A Regra do Jogo

Depois de longo trabalho, consigo que o Projeto Lume, da Editora Protexto, lance o meu romance A Regra do Jogo.
Não é obra de indagações. Trata-se apenas de um romance político, onde os serviços de informação recebem notícia de que será cometido um atentado contra alta autoridade no país e tratam de sair em busca do autor, que desconhecem no princípio.
Toda a trama só termina na última linha do livro, onde aproveitei para narrar muitos fatos políticos acontecidos no Brasil, desde os tempos de Vargas.
O lançamento foi possível graças ao Projeto Lume, da Protexto. Enviando o original e ele sendo aceito, começa um processo de elaboração do livro, sem qualquer custo para o autor. É uma novidade no mercado brasileiro, onde ficamos até um ano esperando a análise das ditas grandes editoras, que continuam trabalhando como em 1900.
Como a publicação é de 20/12/2011, não está distribuído. Poderá ser feito contato direto com a editora, através de www.protexto.com.br/index.php e www.protexto.com.br/livro.php?livro=399
Agora é continuar trabalhando o “Crônicas e Contos”, já com os textos prontos, precisando somente ficar organizado.
Feliz Natal aos amigos e leitores.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Jesus de Nazaré













Jesus de Nazaré

Uma figura que confunde a humanidade, Jesus de Nazaré.
Não pretendo explicar nada. Mas muitas ideias, minhas e adquiridas, tenho sim.
Jesus existiu realmente. Não se pode duvidar da sua existência. Nos Anais Romanos, o historiador Tácito fala que em Israel “foi crucificado um certo Jesus, oriundo da cidade de Nazaré, quando era governador Pôncio Pilatos.” Ou seja, não podemos negar a sua existência. Além de estar registrada, a causa da crucificação teria sido política. Era contra os judeus ortodoxos e os romanos dominadores, que adaptaram os antigos deuses gregos à religião de Roma imperialista.
Afinal, quem teria sido este homem? Ninguém sabe dizer com segurança, mas muitos o consideram o maior dos Profetas, o único que sabia ser Filho de Deus. Por sua vez, aqui o problema aumenta. Não existe Deus fora de nós, dos nossos corações e mentes. Aquele que encontrou Deus dentro de si mesmo faz parte da comunidade divina. Se este fato está de lado, ou seja, você não conhece o Deus que no seu ser habita, não creia. Ele não existe, na verdade.
Jesus entendeu bem toda a Vida, e pelo que narram os Evangelhos, deu seguidas aulas de bondade, fraternidade e caridade. Nenhum profeta percebeu isto tão claramente. Pregou sua doutrina e nada escreveu. Esta doutrina foi considerada tão perigosa pelo judaísmo que pediram sua cabeça. Foi dada.
Estamos na época que se comemora o seu nascimento. Pelo calendário gregoriano, vinte e cinco de dezembro. O calendário Juliano, que não tem data, difere poucos dias.
Comemoremos a vinda do Profeta Maior. Com respeito e união. Caso você não o tenha dentro do coração, junto com Deus, esqueça. Coma e beba à vontade.
Feliz Natal.

imagem: A Última Ceia, Salvador Dali

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Castagneto












Castagneto

Por motivos de manter uma discrição a respeito do assunto, conto a história, alguns pormenores, mas não os envolvidos.
Gosto muito de pintura. Durante longos anos pelejei com ela, até dedicar-me inteiramente à literatura.
Durante este tempo, é lógico que eu adquirisse um conhecimento de pintores famosos e alguns nem tanto. Entalhava em madeira também, e participei de um salão oficial com uma talha em peroba do campo que acabou com minhas mãos algum tempo.
Pouco depois, passei a frequentar leilões, não por esnobismo ou para adquirir peças raras. Era distraído, com direito a bom vinho branco e canapés muito bem feitos.
Antes de o leilão começar, as peças ficam expostas durante alguns dias.
Foi quando peguei, sob luz intensa, num Castagneto muito brilhante, por excesso de verniz dos conservadores. Estranhei de início as cores. O estilo era igual ao do nosso marinhista famoso, que tinha o hábito de fazer a cor cinza, sempre presente nos céus do quadros a óleo, usando branco com cinza do seu charuto que não abandonava.
Chamei um pintor, profissional que vendia bem, e pedi sua opinião.
Disse que achava ser falso. Um amigo que estava comigo encontrava-se no auge da indignação, conhecia o leiloeiro famoso e afirmou, com o pintor, que ele era incapaz de ter no salão obra falsa.
O Castagneto foi vendido a muito bom preço. Eu estava no leilão, onde Adalgisa Colombo, a ex-Miss Brasil chamava a atenção de todos, pela sua beleza e elegância, acompanhada do marido, conhecido investidor em obras de arte.
Tempos depois, devolvido ao vendedor, com os certificados técnicos de falsidade. Nestes casos, não há discussão. O dinheiro é restituído no ato, acompanhado de algum brinde e solene pedido de desculpas.
Até hoje acho graça da cara dos dois, dizendo que o excesso de vinho estava prejudicando minha visão.
Isto deu uma idéia ótima! Tenho, na minha sala, um Castagneto e um Pancetti. Autênticos, claro, pois eu mesmo fiz ambos!