Deletei hoje, da minha lista de favoritos, o Vote Brasil e o
espaço que tinha para postar minha coluna.
Um ato que não gostei, mas o que está encerrado deve ser
assim visto. Acabou, não existe
mais. A próxima exclusão vai ser a que
consta no blog. É uma atitude
desagradável, mas inevitável.
Comecei no VB, convidado pelo diretor André Barreto, por
causa dos antigos fóruns que existiam nos portais. Um assunto era colocado e quem quisesse
comentava. Sempre havia uma questão
política, e eu jamais deixei de dar minha opinião. O fato se explica. No início da sua vida, meu pai foi jornalista
político. Desta forma, pelo menos dois
comentários por dia eu assinava, e assim fiquei conhecido neste ramo. Na verdade, o convite não me surpreendeu.
A princípio, escrevia sobre política fluminense, regional,
já que nasci e até hoje moro em Niterói.
Fiquei ano e meio naquele setor, até que publiquei meu primeiro livro, A Regra do Jogo. Fui promovido. Passei a ser colunista do então mais famoso
site político da internet brasileira, vencedor dois anos consecutivos, 2005 e
2006, do Prêmio Ibest, o maior deles. Dar como referência ser colunista do Vote
Brasil sempre foi muito valioso. Os
colegas eram excelentes, o site muito bem cuidado e atual, além de conter
informações valiosas para o leitor e eleitor brasileiro.
Lá conheci o jornalista Caio Martins, um dos mais
atuantes. Em pouco tempo ficamos amigos,
e embora nunca tenha ao menos dado um aperto de mão, Caio é hoje um dos meus
bons amigos. Tem expressões engraçadas,
e as usa com frequência. Costuma dizer
que empurramos juntos muitas pedras ladeira acima, e o seu famoso “vamo que
vamo”, típica expressão popular que ele usa e abusa. Juntos, combatemos sem trégua os ‘petralhas’
que invadiam o site e postavam tolices em cima de asneiras. Foram expulsos do Vote. Se tivessem sido expulsos também do PT, o
partido não teria entrado na decadência que se encontra. Foram os ‘petralhas’, ou seja, os maus
petistas, que acabaram com um partido que começou bastante promissor. O mais interessante é que Lula, Dirceu e
Genoíno, então fundadores do PT, rapidamente se tornaram ‘petralhas’ perigosos,
terminando com um sonho trabalhista.
André Barreto, nosso idealista diretor, adoeceu
gravemente. Nenhum de nós, colunistas,
temos a necessária experiência para dirigir um site completo como é o VB, que
terminou. Assim, lastimavelmente, hoje
me despeço.
Estou sentido. Muito
sentido.