Desde pequeno, no colégio primário, ouvia dizer pelos
mais velhos, professores e livros, que o Brasil era o país do futuro.
Tempo passou, mundo mudou, fui ficando mais velho e
nada. O país continuava só promessa,
ainda que Juscelino tentasse. Getúlio
também, mas bem modesto. O regime militar
tentou. Itaipu e a Ponte Rio-Niterói
foram obras de vulto, não há como negar. Mas pecaram sério. Deram pancada e moradia final a muita
gente. Os que pegaram em armas contra,
assumiram o risco; não podem reclamar.
Mas a maldade contra um inocente é imperdoável.
Todo o processo de crescimento, inaugurado por Pedro II
veio se desenvolvendo. Não houve parada,
nem mesmo nos tempos negros da inflação desenfreada. A moeda mudou em definitivo. O cruzeiro virou Real, valorizado. Houve mesmo tempo, não curto, que o dólar
valia oitenta centavos de Real. Não era
ficção de economistas inescrupulosos. É
fato verdadeiro.
Que temos hoje? Vergonha, apenas isto. Os dois primeiros anos do governo Lula foram
progressistas, não há como negar. Mas
impressionado com a popularidade, o ex-sindicalista mostrou que não tinha, como
não tem, capacidade para gerir um país.
É muito ignorante, nada sabe de economia, história, ou política
superior. Limita-se, diga-se de
passagem, com êxito no sindicalismo.
Nada mais.
Seus anos de governo, após os citados, não colocaram o
país no futuro que dizem histórico.
Houve progresso social, ninguém pode negar. Mas este deve ser sempre acompanhado de
progresso econômico, que chegou a existir, mas hoje está estraçalhado. Faltou-lhe
visão mais aguçada, esta que só é dada a grandes estadistas. O Brasil poderia ser a quinta nação do
mundo. Agora, em fins de 2015, não deve
ser a décima potência mundial. O tombo
foi grande, que me permitam, foi excessivamente grande.
Que temos hoje?
Desemprego assustador, colocando o brasileiro cada vez mais
amedrontado. A cada mês que passa, o
índice aumenta. A produção é mínima,
algumas indústrias já fecham as portas.
Não existe, no mercado, melhoras em perspectiva, ao contrário. A
inflação, sempre subindo, ameaça.
O presidente da Câmara dos Deputados, homem que deveria
ser exemplo para a nação, Eduardo Cunha, está sob investigação no Supremo
Tribunal Federal, por ganhos ilícitos de dinheiro. Tem proteção, ou tinha, do
governo federal, pois era o único, como ainda continua sendo até a data que
esta continua sendo escrita, doze horas e vinte e quatro minutos do dia 24 de
novembro de dois mil e quinze, o cidadão capaz e instaurar o rito de
impeachment contra a presidente faltosa.
Para coroar todo este ano malévolo para o nosso país,
arrebentaram duas barragens em Minas Gerais, destruindo tudo por onde passam. Já poluíram o mar costeiro ao Espírito Santo
mais de dez quilômetros, uma catástrofe.
Não tenho religião formada. Mas é nessas horas que devemos proceder como
os caboclos do interior, que sempre, por respeito e tradição, cumprimentam seus
conterrâneos com a saudação “Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo”. A resposta é “Para sempre seja louvado.”
Imagem: O Rio Doce, em foto ainda deste ano, antes da catástrofe.
Imagem: O Rio Doce, em foto ainda deste ano, antes da catástrofe.