Há tempo que pensar quieto, em lugar silencioso, se faz
necessário.
Onze horas. Manhã
ou noite? Não importa. O copo grosso e
pequeno ainda estava com boa quantidade de uísque. Um gole a mais, pequeno. Nada de embriaguês, embaraça o pensamento.
Mundo confuso.
Países ricos demais, outros numa miséria inexplicável. Desperdício e obesidade versus falta e corpos
esqueléticos. Não, não é culpa do
sistema mundial vigente, econômico. O defeito é humano mesmo, pessoas muito mal formadas tomando conta e dirigindo países
em todos os lados do mundo. Um risco,
isso. A qualquer momento pode ocorrer
uma catástrofe. Um míssil em território
palestino, certeiro e destruidor, outro lançado contra Israel, nem tão
certeiro, nem tão destruidor.
O ditador africano.
Cinco carros na garagem, todos ao alcance só de abastados. As ruas da cidade onde mora estão cheias de
miseráveis e doentes. Conformados, ou
com medo da tropa que pode fazer um massacre em poucas horas. Um pouco mais a leste, o fanático muçulmano
examina o seu rifle. Enferrujado, mas só
na parte externa, pelo suor das mãos, coisa de pouca monta. A faca está perfeita, a distração é amolar
várias vezes ao dia. Pode ser usada a
qualquer momento, haja garganta estrangeira!
Em latim, hostis significa
estrangeiro ou inimigo.
Pouco mais a leste, tendência belicosa de um país que se
achava calmo. Dirigente popular e
populista, o perigo é todo este. Não
abandona o poder. Ora Primeiro-Ministro, ora presidente da República. Reacionário de esquerda, expansionista e de
maus bofes.
A coisa vai melhor nas Américas. A canalha republicana permite e convida chefe
de estado estrangeiro para ofender o presidente numa das suas casas
legislativas. Nem tão melhores são do
que os colegas envolvidos com trapaças que arrebentaram um país, doze anos
governado por incapazes travestidos de idealistas. Ao norte, um ‘presidente’ que governa por
decreto país onde supermercado pode virar estacionamento para automóveis, basta
retirar as prateleiras e geladeiras vazias.
E a América está melhor, bem melhor!
Interessante. Ano
passado também foi escrita uma crônica. Primeiro
domingo de outono, basta procurar no buscador. Era bem mais amena!
imagem: "Chegada de Outono", Eduarda Barumm, óleo sobre tela.