quinta-feira, 30 de maio de 2013

Computadores não guardam segredos

    
         Aqueles que pensam que uma vez deletada uma mensagem, ou arquivo, e despachada da lixeira adeus informação, estão enganados.
         O computador não elimina informações.  Uma vez processada, a gravação no disco rígido resiste inclusive a formatações consecutivas.  Observe que quando é praticado crime ou irregularidade, a primeira coisa que a Polícia Federal faz é recolher o processador.  Submetido a uma série de procedimentos, todas as informações estão acessíveis no HD do mesmo, e podem ser lidas com facilidade.  A afirmação, partida dos princípios da Física, é perfeitamente cabível, pela ausência de perda da matéria, que inexiste no nosso mundo, podendo apenas ser transformada.
         Uma informação não muito agradável aos que dão mau uso a tão requintado aparelho eletrônico.  Gravou?  Não sai mais, só sendo destruído o disco rígido.  São palavras taxativas de um conhecedor: “Para poder apagar definitivamente tudo do HD, só com a destruição total do mesmo. Você pode dificultar para alguém que vai ter acesso ao seu HD se você for vender, mas se a pessoa souber o caminho das pedras ela consegue. Em empresas e quartéis, os computadores que guardam segredos têm um símbolo para em caso de ter que sair do prédio por qualquer emergência  (tipo incêndio ) é para destruir fisicamente antes de sair.”
         Fica o aviso.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Canalhas estão sempre presentes



                                   


O mundo tem conhecido, ao longo dos tempos, uma série de homens que passam destruindo tudo e todos.
Não tenho intenção de fazer história, e muito menos a capacidade para tal fato. Sou apenas um observador atento.

Como surgem estes símbolos do mal, geralmente deificados pelo povo? Não é muito difícil a resposta, embora sempre incompleta. O momento em que passa determinado povo é propício ao aparecimento deste tipo canalha. Ao fundo, o espírito de símbolos guerreiros escondem a revolta do povo, que procura solução em verdadeiros falsários e oportunistas espertos.

Todo canalha tem a sua hora e a sua vez. Ele não surge do nada, mas de situações quase sempre esperançosas de grande melhoria. Quem não conhece os nomes de Júlio César, Napoleão Bonaparte, Adolf Hitler, Mussolini, Stálin e tantos outros? Que foram estes homens? Todos símbolos do mal, da crueldade, da tirania e, sobretudo, da vaidade. Mas, por incrível que pareça, todos gozaram de grande prestígio da massa, no tempo em que se encontravam no poder. Alguns são idolatrados até hoje, como Napoleão. O corso matou grande parte da juventude francesa, dilapidou o Tesouro e é ainda reverenciado por muitos franceses como herói nacional.

Passando para tempos mais recentes, os exemplos também se multiplicam. Castro tomou o poder em Cuba heroicamente, mas o sonho tomou a sua mente e ele não admite outro em seu lugar, até hoje. Tem seus seguidores. O cretino Hugo Chávez, inculto e idiota como o seu parceiro nacional Luiz Inácio, licitamente assumiram o maldito poder que corrompe as mentes. Ambos, convém lembrar, contam com o apoio de grande parte da população. Este fato nada significa. Enquanto mantinha Auschwitz em plena matança, Hitler também era admirado pelo povo alemão. O mito Stálin está ressurgindo na Rússia com força espantosa, atemorizando o presidente Vladimir Putin, antigo diretor-geral da KGB, o serviço secreto do mundo comunista. Nem mesmo o coronel Putin está conseguindo sufocar com facilidade um movimento que quer recolocar o sangue e a maldade no poder russo.

Os canalhas, ao que tudo indica, têm a sua hora e sua vez.
 
 
Imagem:  "O fuzilamento de 3 de maio", Francisco Goya, Museu do Prado, Madri.
 


sexta-feira, 17 de maio de 2013

O Vote Brasil



Os imprevistos da vida e o seu percurso incerto sempre surpreendem.
 Durante oito anos fui cronista político do Vote Brasil, o mais importante site político brasileiro, quando ainda o seu diretor, André Barreto, encontrava-se com saúde perfeita.
 Naquela ocasião, o VB foi vencedor do prêmio Ibest, o mais importante da internet brasileira por dois anos consecutivos, 2005 e 2006.
 Perfeito, com noticiário dos mais recentes casos políticos do país, o Vote Brasil não se restringia apenas à política; em sua página podiam ser encontrados dados relativos à situação eleitoral de cada cidadão, bastando que digitasse o número do seu título. O mesmo com o imposto de renda e uma série de informações úteis a qualquer  brasileiro.  Câmbio, previsão de inflação, pesquisas eleitorais e opinião dos leitores faziam parte do cotidiano do VB.
 Quando havia eleição, o site tinha link com os Tribunais Eleitorais, e dava os resultados no exato momento que a apuração acontecia, fato inédito no jornalismo brasileiro.  Dez colunistas, entre eles eu, escreviam sobre os fatos em evidência no panorama político nacional.
 O diretor adoeceu.  O Vote Brasil não podia mais contar com a determinação de André Barreto conduzindo os trabalhos.  O site entrou em declínio.  Com o agravamento do estado de saúde de Barreto, por duas vezes ficou fora de circulação.  Há uma semana, desapareceu novamente e todos nós que trabalhávamos nele não acreditamos mais na sua volta.
 Fica uma imensa lacuna.  O Vote Brasil não era, como todos os sites políticos brasileiros, a voz do seu responsável, mas o conjunto das opiniões dos cronistas políticos que nele atuavam.  Também acredito no seu término, esperando estar enganado.


 
Publicado no Pravda.  http://port.pravda.ru/news/cplp/17-05-2013/34636-vote_brasil-0/

quarta-feira, 8 de maio de 2013

A praga que nos persegue


    
  
            Publiquei neste blog, em 19 de abril deste ano, crônica intitulada “A maldição Lula”.

            Seu governo, além dos sérios desvios na honestidade e compostura, ficou marcado pela incompetência na tarefa de dirigir uma nação que começava a prosperar, graças a governos passados.

            Sucessivas vezes o Ministério Público Federal tem tentado levar Luiz Inácio ao tribunal comum, já que perdeu o direito ao foro privilegiado, no caso o Supremo Tribunal Federal.  Sem sucesso, por falta de provas.  A desconfiança dos promotores e procuradores é grande, assim como a de todo povo esclarecido.  Mas havendo escapado do mensalão, fica muito difícil a abertura de inquérito que apure sua responsabilidade criminal em diversas ocasiões.

            Sabe-se que ele é hoje dono de uma das grandes fortunas brasileiras, e o seu filho Lulinha, antigo burocrata menor, possui muito mais robusta conta.  Não sendo financistas, a origem do dinheiro é inexplicável.  Fato notório não precisa de discussão.

            Como não poderia deixar de ser, a maldição do desgoverno que o país atravessou foi enorme, sempre disfarçada por questionáveis pesquisas de opinião pública que até hoje não se encolheu como deveria, mas não aparece como há um ano, por exemplo.

            A gestão Dilma é pior.  Tudo leva a crer que não desonesta como o seu antecessor e padrinho, mas por falta absoluta de material humano capaz.

            Sorrateira, como é sua característica, a inflação vai ganhando espaço e infelizmente já é outra vez um problema brasileiro, que não conta mais com equipe de economistas matemáticos e Banco Central bem dirigido.

            O poder de compra do povo está sendo sentido a cada dia, com menor capacidade de aquisição.  Dívida interna aumentando e serviços públicos cada vez mais precários são as atuais características brasileiras.  Para se dar um exemplo bastante prático como o cidadão sai perdendo com a ineficácia do atual governo, basta verificar a mais tradicional forma que o povo se acostumou, ao longo dos anos, a empregar o pouco que lhe sobra quando isto acontece, e fazer aplicação na caderneta de poupança.  O rendimento da poupança é de 0,6% ao mês, com ínfima variação.  No final de abril este valor ficou acumulado em 2,42%.  A inflação no período, medida pelo IPCA, atingiu o patamar de 2,50%.  Portanto, quem fez o mais simples e popular investimento brasileiro saiu perdendo dinheiro nestes quatro meses que se passaram.  E não se fala mais no assunto, só um irresponsável vai querer discutir matemática elementar.

            Cabe sim, a quem dirige um blog, divulgar estes fatos, principalmente quando os órgãos de informação se omitem.  Não somos apenas cronistas e poetas, mas antes de tudo, responsáveis pela informação, tarefa e missão principal de quem escreve e forma opinião.

            Comece a pensar numa cadeira do senado, Dilma.  Sua reeleição vai ficar cada vez mais difícil.  Ainda mais depois desta novidade de contratar seis mil médicos cubanos para atuarem no interior do país. 
 
             Imagem: "A lição de anatomia do Dr.Tulp", Rembrandt, Museu Mauritshusuis, Haia, Holanda.
 
                                                                                              


sexta-feira, 3 de maio de 2013

"A Liberdade guiando o Povo"



  
            Talvez uma das mais famosas telas de todo o mundo, “A Liberdade guiando o Povo”, do romântico pintor francês Eugène Delacroix (1798-1863) seja um símbolo eterno do conhecimento coletivo.

            Pintada em 1830, com cores vivas, característica do artista que era conhecido por usar em média 25 cores na sua palheta, jamais perderá sua expressão de luta e glória.  Os dias atuais estão a clamar que a jovem deusa, forte e grande, tendo uma bandeira numa das mãos e um fuzil com baioneta em outra, seios desnudos e face destemida, conduza o povo que necessita se libertar da opressão e da tirania. Ricos e pobres marcham juntos.  Delacroix pintou a bandeira francesa sendo carregada na mão direita do grande símbolo.  Fosse hoje, a representação seria difícil, já que os poderosos ocuparam quase todos os tronos do planeta.

            Aos pés descalços, jazem cadáveres e agonizam feridos ensanguentados na luta, demonstração clara que não se consegue liberdade sem agonia.  O esfumaçado da tela não é o conhecido recurso técnico da pintura, mas os gases produzidos pela pólvora.

            Foi a realidade de uma época, e continua sendo de hoje, quando a tirania não educa seus jovens, não trata do seu povo, furta descaradamente os cofres das nações de uma Terra que vai sucumbindo, de uma Terra que vê seus valores maiores sendo destruídos.  De uma Terra que não suporta mais desmandos.

            Poucas.  São muito poucas terras deste Mundo que não necessitam “A Liberdade guiando o Povo” mostrada numa sala especial do Museu do Louvre, mas que na realidade deve estar presente nas ruas, praças e avenidas destes países tão insanos!