terça-feira, 21 de abril de 2015

O Brasil entortou

  

            Estão achando graça, é?  O Brasil entortou mesmo, Ubaldo não está mais aí para colaborar com seu testemunho direto.
            O fato é que, como o infeliz porrista conhecido nosso, que de tanto beber Genebra ficou torto, mas salvo graças ao médico aposentado que saía de casa para sua caminhada matinal, camisa branca, branquíssima, tênis de melhor qualidade.  O torto quando recuperou a postura normal queria comemorar com mais umas genebras, logo impedido pelo cura que aconselhou bebida mais leve, um chope, ou pouco mais, nunca ultrapassando de quatro, tendo em vista que estava se recuperando de possível ataque neurológico, o empenado não deveria abusar.  A genebra que ficasse para outro dia.  Hoje, só chope, no máximo quatro.  Repeti para ficar bastante claro!
            Pois é.  Agora quem está tortinho da silva é o Brasil.  Levy não segura essa sozinho, não tem a sensibilidade do nosso doutor.  Armínio não basta.  É preciso chamar Arida, Bacha e Belluzo rápido.  E eles aceitam?  Sei lá, não conheço esta tropa.  Mas que o país ficou torto, ficou.  Não foi genebra não, foi petismo, moléstia da gota, fatal, o espírito da garrafa amaldiçoada!  Roubam tudo – a palavra certa é furtam, ou mais correta ainda, desviam do Tesouro Nacional, das companhias estatais et caterva, milhões e bilhões. Não há quem aguente.  Pior: Lula e Dilma continuam dando ordens no terreiro, “alô, alô, seu Chacrinha, aquele abraço”. Pomba, o velho guerreiro também já mudou de endereço.
            É como já disseram: o Código Penal está muito defasado, antiquado.  Ainda não adotou a forca e a fogueira.  País atrasado é assim mesmo.  Enquanto isso, marchamos para o buraco.  Definitivo.  E o pior é que nem tomamos genebra...

            Salve Ubaldo!  Obrigado pela mãozinha.  Ah!  Antes que eu me esqueça. “Noites leblonianas” ficou um primor de obra póstuma.

domingo, 12 de abril de 2015

América

            

            Tão grande se tornaram os Estados Unidos que muitas e muitas vezes a palavra América confunde-se com aquele país.
            Um erro, mas compreensível diante do já mencionado.  Nosso continente é, sem dúvida, uma parte muito respeitada na comunidade internacional que habita o planeta.  Não pode nem deve perder a sua unidade, respeitadas as características de cada nação e povo.  Pouco importa se existe a parte que fala o inglês e a que se comunica em espanhol ou português.  Somos uma só coisa, uma só gente, por mais diferentes que possam ser os hábitos de cada país.  Somos americanos.  Temos uma parte ocidental da Terra, nos hemisférios norte e sul.
            Desavenças?  Elas existem, como no quarteirão, no bairro, na cidade, enfim, no país.  São normais na sociedade dos homens.  Seria estranho se todos pensassem exatamente a mesma coisa.
            Pois a América desponta no horizonte, uma vez mais, com a grandeza que a caracteriza.
            Dentre todas as nações que compõem o continente, Cuba, por pouco mais de meio século, estava alijada da comunidade.  Por razões políticas, após a vitória em Sierra Maestra, contra a corrupta e impatriótica gestão de Fulgêncio Batista, o vitorioso Fidel Castro, sem alternativa, segundo muitos, adotou o comunismo na ilha.  Foi o bastante para ficar isolado e punido com severa restrição econômica feita pelos Estados Unidos.  A questão política foi tão grave, quando Cuba abrigava mísseis russos que poderiam alcançar os Estados Unidos com muita facilidade, que por pouco não sofremos uma matança, uma hecatombe mundial.  Por ordem do presidente Kennedy, a esquadra norte-americana tomou posição de ataque contra comboios soviéticos que traziam mísseis para aquele país.  Foi um alívio para o mundo quando Nikita Kruschev, então premier da União Soviética, deu ordens para os navios voltarem.
            A situação isolou ainda mais o pequeno país americano.
            O então senador Barack Obama lançou sua candidatura à presidência dos Estados Unidos.  Fez várias promessas de campanha, cumpriu todas, a despeito do Partido Republicano, nata da direita daquele país. Não falou em aproximação com Cuba.  Surpreendeu o mundo e a América quando assumiu a responsabilidade de trazer de volta o hoje pobre povo cubano, consequências do bloqueio e da sua baixa produtividade agrícola e industrial.
            Um gesto nobre!  Convém dizer que Obama não pode mais se candidatar a presidente da República, o ato não foi eleitoreiro, mas determinação de estadista que faz jus ao seu antigo antecessor Abraham Lincoln, um dos mais ilustres nomes dos Estados Unidos e da História.
            O aperto de mãos na Cúpula Americana, em 10 de abril de 2015 com Raul Castro, que não escondeu a sua satisfação por voltar à America, dignifica os homens.

            O Mundo cumprimenta-o, senhor Presidente Barack Obama.