Acredito que todos se lembram das Capitanias
Hereditárias.
Vamos reavivar memórias.
Elas foram instituídas por Portugal, e a finalidade era de ‘colonizar’ o
Brasil. Dividiram aleatoriamente o país em latitudes e longitudes, colocaram
nomes nas frações e designaram donatários, ou seja, chefes absolutos para as
mesmas, quase sempre ricos aventureiros portugueses.
O poder do donatário era grande. Instituía impostos, distribuíram cartórios,
terras menores e dirigentes. Um misto de
presidente, governador, prefeito e congresso.
Tudo podiam, desde que obedecessem as ordens da corte e enviassem parte
do lucro auferido.
Bem depois, veio para cá a família imperial portuguesa,
fugida de Napoleão. As Capitanias deram
lugar ao poder imperial. Como não
pretendo dar aula de História do Brasil, deixo o resto com os leitores.
Como bem diz o povo, ‘o trem anda’, e depois do nosso
maior governante, Pedro II, nunca mais tivemos um dirigente sério, em tempos de
democracia. Voltamos às Capitanias, e
estamos nelas até hoje. O donatário tudo
pode, os vassalos obedecem, com a diferença de que o donatário maior hoje se
chama presidente da República, e os menores, governadores de estado. A continuar assim, o Brasil vai à garra.
Todos hoje sabem que o ultrpassado regime presidencialista
é apenas um governo de exceção, com tempo determinado. As classes dominantes fizeram tudo para que
no plebiscito, o regime presidencialista permanecesse.
Ou muda o sistema, para parlamentarista, ou afunda cada
vez mais nosso país. Sabe-se que o
presidencialismo é um regime ultrapassado e demasiadamente autoritário, o que
não acontece com o parlamentarismo. Os
abusos levam de imediato voto de desconfiança.
Votado, os congressistas aprovam ou não a queda do Primeiro-Ministro,
com o mínimo desgaste tanto político, como financeiro.
Até quando vai durar esta estupidez, ninguém sabe. Não interessa aos donatários das capitanias.