A última pedra no sapato do PT é a compra da refinaria de
Pasadena, nos Estados Unidos.
Afinal, o que é realmente a tal compra? Simples.
Em 2005, o então presidente Luiz Inácio, amparado em parecer do Conselho
de Administração da Petrobras, decidiu pela compra da refinaria citada, de
propriedade da Astra Oil. Valia, na época, 42,5 milhões de dólares. Foi comprada por 360 milhões, e depois
adquirida no seu total por 1,18 bilhão de dólares, ou seja, teve o seu preço
supervalorizado muitíssimas vezes. Jamais
produziu um só litro de destilado de óleo cru.
Encontra-se agora sob investigação da Polícia Federal, o
Tribunal de Contas da União já declarou irregular a compra, e no momento o
negócio está sendo examinado pelo Legislativo Federal. Dois depoimentos importantes já foram
prestados. O da atual presidente da
companhia, doutora Maria das Graças Foster e do ex-diretor da Área
Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró.
Como de costume, limitaram-se a dar explicações não comprometedoras e
sem revelar números que justificassem adquirir uma refinaria improdutiva que
valia, convém repetir, 42,5 milhões de dólares por 1,18 bilhão da mesma moeda.
A presidente do Conselho de Administração da Petrobras,
na época da compra, era a atual presidente Dilma Roussef. Aprovada a aquisição pelo Conselho, o
presidente Lula autorizou o pagamento e o negócio foi efetuado no total, pois
no momento da compra havia sociedade com empresa estrangeira, que abandonou a
refinaria e deveria ser paga a sua parte.
Uma confusão para ninguém entender mesmo, de má fé, propositada. Segundo a atual presidente da Petrobras, a
compra foi um péssimo negócio, e as cláusulas que aumentaram muito o preço
final não foram reveladas ao Conselho.
Criaram um tumulto muito grande, para tentar uma
justificativa. Como facilmente pode ser
notada, não pode haver nenhuma explicação para aumento de tal ordem. Dizer que cláusulas adicionais são as
responsáveis nada justifica. Ou seja,
todo o Conselho de Administração é culpado, por ação ou omissão, a ser
verificada pela CPI e Polícia Federal.
Naturalmente que o chefe do Executivo na época não pode querer se eximir
da culpabilidade, atribuindo esta a terceiros.
Cabia a ele a decisão final.
O ilícito existe.
Não vou me arrogar qualquer classificação, que somente a Procuradoria
Geral da República tem competência para dizer qual.
De toda a forma, por ação ou omissão, como já se disse,
os culpados devem ser réus de processo.
A Petrobras é do povo brasileiro, conquistada
arduamente. Foi uma das grandes
companhias do mundo. Hoje está em
dificuldades.
Publicado no Pravda de 20/04/2014 http://port.pravda.ru/news/busines/21-04-2014/36641-pasadena-0/
Publicado no Pravda de 20/04/2014 http://port.pravda.ru/news/busines/21-04-2014/36641-pasadena-0/