quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Calor

                                 

            Tempo quente.
            Em torno de uma piscina, cujas bordas eram guarnecidas de proteção de bela cobertura de barro, telhas, que davam ao lugar beleza e intimidade, seis pessoas conversavam tranquilamente.
            — Mas este tempo está incrivelmente quente – comentário de uma senhora, pouco mais de cinquenta anos, talvez.
            Quente.  O tempo estava e costuma ser quente o ano inteiro.  Prejudica, ou melhor, arruína um país de baixa latitude, infelizmente Sul, onde o desenvolvimento e o progresso andam a passo curto.  Uma maldição ao nosso hemisfério talvez.  Como?  Não acredita em maldições?  É bom repensar isso.
            O dono da casa serviu outra dose dupla de uísque para ele e mais um amigo.  Os outros bebiam cerveja gelada, todos eles, inclusive as mulheres.
            Será mesmo procedente a afirmação de que nenhum país do hemisfério Sul jamais será desenvolvido?  A mesma latitude, mas Norte, não está condenada por estes estudiosos meio amalucados.  Dizem, afirmam e discutem que as civilizações adiantadas que por aqui existiram, no passado, viviam nas montanhas, onde o clima é sempre frio.  
            Tem valor, tudo isso?  A maioria diz que não, nada a questionar.  Gente mais cuidadosa afirma que sim, o frio ajuda o homem a trabalhar com mais ânimo e perfeição.  Talvez, muito possivelmente, estejam certos.  Pela inclinação do eixo da Terra, cerca de vinte e sete graus, nosso hemisfério é bem mais ensolarado, quente e úmido.  O trabalho humano torna-se mais difícil, enquanto que com nossos irmãos de Norte não enfrentam este problema. 
            Na verdade, não existem civilizações adiantadas no hemisfério Sul, nem mesmo a Nova Zelândia, considerada bastante desenvolvida.
            Condenação astral?  Tolice.  Se a condenação já é duvidosa – somos todos culpados, por atos e omissões cometidos contra o nosso planeta e nossos irmãos terrestres, fato que só os mais rigorosos religiosos fazem profissão de Fé.
            Enquanto isso, mulheres com corpos esculturais banhavam-se na grande piscina, sem preocupações que estavam atingindo o homem, o verdadeiro lobo da Terra.
            Haja entendimento!  Haja uísque!
            Ah!  Lembrei a tempo.  Alexandre Moraes está sendo votado para ser ou não o novo ministro do Supremo Tribunal Federal.  Boa sorte, doutor Alexandre.  Acaba de passar.  Parabéns, ministro!
            “O Brasil espera que cada um cumpra com o seu dever”, imortalizou a bordo da fragata “Amazonas” o comandante da frota brasileira na Batalha Naval do Riachuelo, o Barão de Tamandaré. Nada mais oportuno!    

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Armas

                                              Armas

            Vencedor absoluto no plebiscito das armas, povo contra o governo petista, com medo do povo armado, não submisso, pois, as suas vontades, tratou de regulamentar o assunto.
            A lei do desarmamento, contra a vontade popular, liquidou o assunto progresso de anos, para a construção de um Brasil grande. 
            O Foro de São Paulo, que visava o comunismo em toda a América Latina, exigia a medida defensiva.  Governos tirânicos detestam povo armado.
            Que fizeram?  Através do Estatuto das Armas, estabeleceram normas para a compra ou a manutenção de uma arma de fogo na residência de cada brasileiro, quase impossível de existir.  Certidões em cima de certidões são exigidas para a compra de uma simples espingarda de cartuchos.  Se for revólver, pistola ou carabina, a coisa fica mais tenebrosa. Até mesmo um armeiro experimentado vai precisar de certificado da polícia federal que comprove sua capacidade.
            A Polícia Federal, cansada de cumprir missões que não são dela, já não liga mais para o assunto.  Certo que deve haver um controle de armas no país, mas nunca uma tirania sobre renovações, com taxas caríssimas. O registro antigo, onde bastava a inscrição na Secretaria de Segurança, é eficaz e durou até o bolivarianismo implantado no país.
            O calibre das armas também é importante.  O famoso ‘tresoitão’ (há quem use a gíria mencionada com a letra z), calibre trinta e oito, limite para armas de mão, não se justifica. Deveria ser o magnum. 357, bem mais eficiente para revólveres, ou mesmo a quarenta e cinco, para pistolas.
            Não se justifica, na verdade, é a posse de armas de assalto, como rifles militares automáticos.  O civil, como o nome diz, não é soldado.  Que se mantenha a compra e posse da carabina trinta e oito, fabricada no Brasil e de eficiência comprovada.  
            No mais, qualquer cidadão que prove a necessidade de andar armado, sem muita burocracia, deveria ter seu porte de armas concedido.
            Não somos mais bolivarianos.  Não chegou a hora de revermos tudo isso?  A Constituição garante este direito. Se o marginal sabe que o cidadão vai reagir, ele desiste. Ele sempre é covarde.
            Com a palavra o senhor presidente da República.