quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Jesus de Nazaré













Jesus de Nazaré

Uma figura que confunde a humanidade, Jesus de Nazaré.
Não pretendo explicar nada. Mas muitas ideias, minhas e adquiridas, tenho sim.
Jesus existiu realmente. Não se pode duvidar da sua existência. Nos Anais Romanos, o historiador Tácito fala que em Israel “foi crucificado um certo Jesus, oriundo da cidade de Nazaré, quando era governador Pôncio Pilatos.” Ou seja, não podemos negar a sua existência. Além de estar registrada, a causa da crucificação teria sido política. Era contra os judeus ortodoxos e os romanos dominadores, que adaptaram os antigos deuses gregos à religião de Roma imperialista.
Afinal, quem teria sido este homem? Ninguém sabe dizer com segurança, mas muitos o consideram o maior dos Profetas, o único que sabia ser Filho de Deus. Por sua vez, aqui o problema aumenta. Não existe Deus fora de nós, dos nossos corações e mentes. Aquele que encontrou Deus dentro de si mesmo faz parte da comunidade divina. Se este fato está de lado, ou seja, você não conhece o Deus que no seu ser habita, não creia. Ele não existe, na verdade.
Jesus entendeu bem toda a Vida, e pelo que narram os Evangelhos, deu seguidas aulas de bondade, fraternidade e caridade. Nenhum profeta percebeu isto tão claramente. Pregou sua doutrina e nada escreveu. Esta doutrina foi considerada tão perigosa pelo judaísmo que pediram sua cabeça. Foi dada.
Estamos na época que se comemora o seu nascimento. Pelo calendário gregoriano, vinte e cinco de dezembro. O calendário Juliano, que não tem data, difere poucos dias.
Comemoremos a vinda do Profeta Maior. Com respeito e união. Caso você não o tenha dentro do coração, junto com Deus, esqueça. Coma e beba à vontade.
Feliz Natal.

imagem: A Última Ceia, Salvador Dali

12 comentários:

Rita Lavoyer disse...

Jorge, de todos os textos já lidos aqui, este, pra mim, é o melhor de todos. Não vacilou, não deu meias voltas e nem recorreu às alegorias , tão abundantes nos sagrados. Disse, simplesmene, o que deveria ser dito, sem pregar sermão.
Jorge, rezei a tua oração e comungo totalmente com as tuas palavras. "Isso é Espírito de Natal"

Feliz Natal, amigo e a todos que por aqui passarem, rezando com as tuas palavras.

chica disse...

Que lindo,Jorge! Fazia tempo não te lia e adorei fazê-lo.

Que os que acreditam comemorem e deem o real significado à data , que é tão linda e de tanta LUZ e brilho, mas esse não apenas exterior...Deve estar em nós, nos nossos corações!

abração,FELIZ NATAL e um lindo 2012! chica

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

Sua crônica de hoje, é Barbara, pois com poucas palavras você conseguiu definir a maior de todas ás verdades:

Comemoremos a vinda do Profeta Maior. Com respeito e união. Caso você não o tenha dentro do coração, junto com Deus, esqueça. Coma e beba à vontade.
Feliz Natal.


Efigênia Coutinho

Marcelo Pirajá Sguassábia disse...

Sem doutrinação, dogmatismos ou juízos de valor: simplesmente Jesus Cristo. Legal esse respeito e esse distanciamento, essa isenção que o texto manteve o tempo todo. Gostei, Jorge. Feliz Natal.

Unknown disse...

Caro Jorge,
Uma ótima crônica sobre o nascimento de Jesus. Disseste o essencial. Verbalizaste o que sabemos. Parabéns. Feliz Natal. Abrs. Mardilê

Caio Martins disse...

É, sempre, uma honra ser considerado seu amigo, Jorge Sader. A sua sabedoria em poucas linhas reduz a questão à proporção devida: existiu.
Fé cega, faca amolada, há que ter cuidado, são coisas perigosas. Terei o prazer de compartilhar sua crônica no FB. Abraços, meu amigo.

lino disse...

Um belo texto. Feliz Natal!
Abraço

Teresinha Oliveira disse...

Sim, ele existiu. Simples, sem as ricas roupagens da Igreja, sem dogmas.
Admirei sua postura, sem o pieguismo típico da data.
É esse o Jesus que convido à minha ceia.

Celso panza disse...

Vim te visitar, o que faço eventualmente, não gosto de "clubismo". Vejo Jesus em sua fala, que bom....Jesus não foi profeta, profetas existem muitos, demonstram os livros sagrados. Basta conhecê-los.Não fundaram credos, nem ficaram como ungidos. Somente Habacuque seria suficiente para sinalizar o que seja o tempo, a eternidade e nós, um isnstante. Nela, na eternidade, como dizia Santo Agostinho,somos um sopro. Jesus é o Senhor dos tempos, das eras. Jesus ficou em ensinamentos sem escrever um só vocábulo. É a história invulgar da humanidade. Não ficaram profetas com cátedras nem mesmo escritas, e com tal grandiosidade. Seu nascimento, desconhecida a data, somente sua morte de data conhecida, como notório para judeus comuns de então, ratificado por Flávio Josefo, historiador inconteste de sua época, é celebrado no solstício, por força da interferência de Constantino, imperador romano. Era o dia da festa da luz, da festa de Deusa Persa quando se trocavam presentes e faziam-se banquetes. Foi política a data, como foi sua sentença, a lei "Majestatis". Abraço velho amigo. Celso Panza

São disse...

Gostei de seu texto, muito!

Jesus era filho de DEus (Alá, Grande Espírito, o que se lhe quiser chamar) tal como todos nós, seres humanos.

Pena que o atraiçoe tanto quem diz ser seu representante/seguidor.

Adaptaram para seu aniversário a celebração de Mitra, mas não importa. Importa , sim, a mensagem de compaixão, amor e respeito que nos deixou.

Por isso, para si e para os seus, desejo um Natal de paz e serenidade , alegres festas e um 2012 feliz.

Cadinho RoCo disse...

Ainda hoje escrevi que cá entre nós o Natal é festa cristã que vai além o cristianismo. Até porque, o que tem de gente que se diz cristão sem ser cristão, não está escrito.
Cadinho RoCo

Geraldo Mesquita disse...

Jesus não confunde Jorge, nós é que confundimos sua vida e sua morte, que aconteceram para nós e a caridade ser vista por amor.
Um bom Natal.