sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Cores

      
            A repetição de crônicas e contos que venho fazendo começa a cansar.  É hora de mudança, diz o interior. 
            Gosto de pintura, já pintei – mal – mas acabei por aprender a admirar mais formas e cores. Guardo muita simpatia por determinados pintores e não aguento com outros, alguns consagrados.  Mas não é meu objetivo falar em pintura, nem de artistas.
            Surpreende-me a Natureza com as plantas.  Muitos leitores conhecem bem o que vou dizer; outros não.  Que me permitam os primeiros.
            As cores primárias, assim denominadas porque são puras, são o vermelho, o amarelo e o azul.  As secundárias são as misturas das primárias entre si.  Há uma variedade de sete, no total.  São ditas complementares quando uma cor é primária, e a outra é composta pelas outras duas primárias.
Digamos que temos um vermelho.  As outras duas primárias são o amarelo e o azul, que misturadas dão o verde.  Portanto, vermelho e verde são complementares.  O amarelo, as duas outras primárias são o vermelho e o azul, que misturadas dão a cor violeta, complementar do amarelo. Por fim, o azul, primária.  Sobram amarelo e vermelho, que dão o laranja, complementar do azul.
            Quem ainda não fez a observação, que aproveite.  Olhe as plantas e suas flores, que naturalmente, segundo acredito, foram o objeto de partida para o estudo citado, e não o disco de Newton ou a decomposição da luz por um prisma.  
            A pródiga Natureza se encarrega de mostrar do que é capaz.  Quase todas as flores têm cores complementares, o que faz a beleza completa.  As complementares têm esta propriedade: tornam mais bonita a união.
            Um passeio em algum jardim florido mostra isso.  A mais comum é o verde com o vermelho.  Esta combinação parece ser a mais frequente na Natureza.  A planta chamada violeta, por ter esta cor, possui no centro o amarelo, a complementar.  Azul e laranja são mais difíceis, mas muito encontradas em orquídeas.
            Preste atenção, é tudo muito perfeito.  Depois, observe que nos quadros dos grandes mestres sempre aparece uma combinação de cores complementares, por menor que seja o tamanho pintado.
            Os olhos agradecem. 

17 comentários:

Às margens de mim. disse...

Que lindoooooooooooooo Parabéns!!!!

Às margens de mim. disse...

Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...Parabéns!...

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

As cores fazem parte do nosso dia a dia impregnadas de simbologia e significados. Na natureza estão distribuídas harmoniosamente inspirando o homem na hora de sua aplicação nas artes, na moda, publicidade, etc. Para melhor dominar o seu uso enquanto pigmento, identifique suas características, efeitos, harmonia e temperatura.
Gostei muito do seu Post de hoje!
BRAVO! Abraços,
Efigenia

Vera Fracaroli disse...

É interessante observar que as três cores que conhecemos como cores primárias para as tintas,especialmente aquelas usadas nas artes gráficas, são as mesmas que nas cores luz são cores secundárias ou seja: o ciano, o amarelo e o magenta. Esse sistema de
cores é aplicado em muitas impressoras domésticas, onde temos 3 cartuchos de tinta colorida e um de tinta preta. A esse sistema de
cores pigmento, aplicado às artes gráficas, denominamos CMIK (ciano, magent, yellow, black).
No estudo das cores encontramos também outras classificações como cores frias, quentes, complementares etc. Aproveite o momento
para apresentar um círculo cromático e demonstrar essas relações.
Essa é também uma boa oportunidade para sugerir que experimentem na prática alguns pontos abordados com cada experiência
pessoal de cada um em suas obras; como por exemplo a questão das sombras coloridas (o que significa não usar preto para as sombras, mas
sim acrescentar a cor complementar para escurecê-la).
Parabéns pelo tema, lembrei-me quando
era acadêmica na arte da Pintura.
Abraços de Luz!

Celso FelícioPanza disse...

Coube a Goethe um dos melhores estudos sobre o simbolismo das cores. Cor é o choque entre a luz e as trevas, sombra e claridade. Cores quentes, mais luminosas, cores frias, menos luminosas.No escuro a circulação sanguínea diminui, passando da sombra para a luz a circulação aumenta, é esta a razão do sol e seu amarelo simbolizarem vida, movimento, alegria.É das trevas que saem os perigos, enquanto da luz sai a vida, a criação, a tranqüilidade.A luz espiritual difere da física, refere-se em parte ao que físicos como Einstein chamaram de "ondas imateriais", dimensões que compõem um complexo tempo-espaço. O vermelho escolhido é a cor do sangue, símbolo da vida, da atividade, da combatividade, do ardor, símbolo da paixão imperiosa, do sentimento forte. Também da sensibilidade, símbolo de todos os sonhos das revoluções. Nele está o Poder, na “Púrpura”, cor dos mantos cardinalícios, cor da majestade, símbolo da realeza, da aristocracia dominante, dos mantos imperiais, símbolo da autoridade. Amarelo, cor do mundo transcendente, clareando a inteligência humana. Cor da revelação que ilumina o espírito humano em trevas, das virtudes teologais, simboliza a fé. Quando explica as virtudes mundanas, significa generosidade do coração, inspiração feliz, bom conselho, mas é também a cor da luz, do ouro, da intuição, da riqueza, da sabedoria. Minha contribuição Jorginho para sua colocação sobre cores. Abraço fraterno. Celso

Rita Lavoyer disse...

Que pena, acho que não entendi sua crônica. Não estou no grupo dos "primeiros" entendedores de cores. Fui lendo metaforicamente pensando que passaria o rodo no "vermelho" , mas como a própria teoria informa: é pura porque é primária, e o "azul" está na mesma categoria. ainda bem que tem o amarelo para salvar a pátria. Atualmente, a mistura do vermelho com o azul tem resultado em hematomas nacionais. É, Jorge, você conseguiu mudar. acho que eu vou demorar um pouco!Parabéns pela aula.

marcia disse...

Jorge,espero que todos olhos sejam como os seus:olhos de ver...bjus

Caio Martins disse...

Há que aprender e saber ver, Jorge. Tenho fotografado flores há tempos, principalmente as viralatas de rua. Cada uma tem sua índole e, repetindo o fim do poema de Matsumoto (O último Samurai): são perfeitas!

Celso Felício Panza disse...

Jorginho, gostaram do vermelho, seriam os primáriosm flagrantes, ou a cor apesar de poder e história tem outra conotação do "CAPUT"....É isso aí irmão, mas o vermelho, o poder, gosta de mulheres bonitas, e isso não é muito fácil de ver "pela aí....". Abraço e obrigado pelo convite, é uma parte dos símbolos de nossa confraria, que envolve também a nossa geometria, além do amarelo, sem apreciações rasas e "pela rama". Abração. Celso

Célia disse...

Tendo muito para o azul. Do céu. Dos olhos generosos e profundos que transcendem... Do inspirar azul, e expirar todo o cinza interior, muito bom para o controle das ansiedades... Para resistir ao multicolorido só mesmo pensando azul...
Abraço.

Shirley Brunelli disse...

As cores nos causam agradáveis sensações...E o que dizer, então, da cromoterapia, a cura através das cores?
Muito bom, querido Jorge, beijos!

Unknown disse...

Há uma cena do filme "Sonhos", de Akira Kurosawa na qual um jovem pintor se encontra com Vincent van Gogh, um artista do
pós-impressionismo que se "nutriu esteticamente" das lições de mestres como Monet e Renoir. Nessa cena o artista questiona o
rapaz por que ele não estava pintando já que o sol, em breve mudaria de posição. Ou seja, por meio dessa "fala" Van Gogh estaria
expressando toda a relevância de se observar a luz incidindo sobre a paisagem e da urgência em realizar uma pintura tão
rápida que lhe permitisse esse momento único da experiência da luz e da cor: o momento. Se possível, aproveite cena para que discuta um pouco a experiência de observar a luz e a cor,procurando associar a atividade às propostas dos impressionistas. É muito importante que os trabalhos produzidos mostrem conhecimento sobre os conceitos básicos da
cor e seus milagres, pemitindo a quem tem este dom de manipular ás cores, as tornando verdadeiras obras de arte.
Um abraço Jorge, sempre nos dando a oportunidade com seus Temas ,Contos e etc...Uma verdadeira aula de cultura e aprendizado.
Que nesta época Natalina seja próspera de esperança, amor, paz e sabedoria.
Parabéns por tudo!
Que o ano de 2015 seja com muita saúde, paz e muito sucesso.

Tais Luso de Carvalho disse...

A natureza dá um show, e o interessante é que jamais erra na combinação!
Belíssimo.
Abraços, amigo!

Carmem Velloso disse...

Laranja e azul, Jorge, tornam qualquer ambiente alegre.
Interessante que só vejo em pinturas, não sou conhecedora de orquídeas.
Beijo.
Carmem

Anderson Fabiano disse...

Felizes os olhos cujo coração que os alimenta o olhar, percebe as cores da Natureza.
Meu carinho,
Anderson Fabiano

Blogat disse...

Olhos agradecidos, alma embevecida. Beijo grande amigo!

Unknown disse...

A natureza me descansa. Sinto-me bem quando posso andar no meio dela. Fui criada no interior. Meus pulmões agradecem quando passeio entre as árvores, as flores e as plantas. Abrs