quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Refugiados


              

            Na última postagem que fiz, abordei este problema sério que o mundo está passando.  A cada dia, ele se torna mais grave.
            Sem medo, chamei de covardes os que estão sendo maltratados em suas terras, e não reagem com a força das armas.  A maioria dos comentários repudiou este ponto de vista.  Compreendo os que fogem das secas, tremores de terra, catástrofes.  Não há como enfrentar.
            Mas não rezo na cartilha do medo e da fuga de tiranos. Eles querem matar? Pensem que também podem ser mortos, a História registra estes fatos desde que começou a ser escrita.  Deu nisso.  Um dos caminhos de fuga rápida passa pela Hungria.  Este povo sempre foi massacrado.  Agora é livre, mas detesta estrangeiros, com toda a razão.  Como o fato da invasão é consumado e não se discute o óbvio, sigamos em frente.
            Chegam à costa muitos fugitivos, diariamente.  Tentam ganhar a Europa, com a sua tranquilidade e desenvolvimento.  Estão encontrando cercas de arame farpado e cortante, esta última forma ainda não existente nos tempos do velho safado nazismo.  Promessas são muitas.  Angela Merkel promete proteção a muitos, na Alemanha.  Deutschland übber alles, estão lembrados?  A Alemanha acima de tudo, na mais fiel tradução possível.  Acabou com Hitler?  Não acabará nunca, está no inconsciente do povo alemão.  O espírito guerreiro do deus Wotan, que habita a alma dos germânicos, está vivo, não morrerá jamais.  Mora na alma deles.
            Como pode aquele continente suportar tão grande número de imigrantes?  Bem mais honesto foi Barack Obama, que fixou um número relativamente pequeno, e foi censurado por isto.  Ora, destes os norte-americanos podem prestar socorro, com moradias, empregos, saúde.  Sinceridade, eis a palavra, e não, quem sabe, um extermínio.  A Europa está perigosa.  Os estrangeiros tomaram conta dela, arrasaram o que puderem e desafiam as autoridades.  Que ninguém se espante com um novo holocausto, ele é bastante possível.

            Nós mesmo, brasileiros, podemos acolher um bom número deles, nunca esquecendo que o país passa o pior período da época republicana. 

9 comentários:

Carmem Velloso disse...

Jorge, querido, eu me nunca me iludo com o que você escreve sobre política. O PRAVDA deu experiência, mas como já explicou, abandonou-o depois que ficou esquerdista demais! Análise lúcida, meu caro!
Beijos

Anderson Fabiano disse...

Sofro em silêncio com as agruras por que passam os refugiados, onde quer que estejam. Mas, penso sempre na urgente necessidade de um país se preparar para receber um refugiado. Não se trata apenas de abrir a fronteira e providenciar um abrigo, uma cama e um prato de comida. A coisa é bem mais complexa.
No meio dos "Mais Médicos", Cuba mandou um monte de gente que não sabe nem que lado do estetoscópio se mete no ouvido; A questão da violência urbana nos grandes centros do centro-sul está diretamente ligada ao êxodo nordestino; Paris está quase refém dos muçulmanos; Duas semanas atrás a PF prendeu um simpatizante do EI em São Paulo. (PQP!); A fronteira de Foz do Iguaçu, nos tempos de Bin Laden, estava cheinha de simpatizantes da Al Qaeda.
A foto do menininho morto na beira mar rodou o mundo e, parece-nos, cumpriu sua missão: sensibilizou o mundo para o problema dos refugiados mas, prudência e canja não fazem mal a ninguém. Sempre existirão pilantras infiltrados entre as almas desesperadas.
Meu carinho, Jorjão.

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

É meu amigo, complicado dar uma opinião sobre este seu post.
O mundo ficou desnorteado, não há mais coerência em nada.
Tudo vai acontecendo galopantemente, sem freio algum, e ao mundo todo!
Será que estamos chegando ao fim dele!?
Beijos

AIDA disse...

Querido Jorge, me sinto minúscula diante da grandeza de seu texto e do comentário de Anderson Fabiano. Vou recolherme a minha ignorância e apenas te parabenizar pela bela explanação.

marcia disse...

Jorge,fico sem atitude ante tanto sofrimento...Sua crônica aborda o assunto com lucidez como o comentário de seu amigo Anderson...Eu,apenas choro quando vejo uma criança perdida assustada sem saber o que está acontecendo ..Lembra muito o holocausto...Temo pela humanidade...bjus

Caio Martins disse...

Jorge, aa imensa maioria das pessoas pauta-se por hipocrisia piegas e falso humanismo desde que o mundo foi dominado por nossa espécie estranha. A melhor maneira de justificar a própria covardia é enaltecendo a alheia, ou o próprio crime com o crime alheio, a própria imoralidade com a alheia e por aí vai.
Quem não defende sua família e sua casa não tem mérito. As "vítimas inocentes" ficam na sua conta, e a exploração dramática de fatos isolados por conta dos que não querem solução, mas, somente complicação do problema.
O atual choque de civilizações mudará o perfil do planeta, e para muito pior. Têm peito para manifestações e desafiar as polícias dos países invadidos, mas, não tiveram para enfrentar seus compatriotas tirânicos e/ou terroristas.
Quanto aos alemães, discordo. Vivi lá cinco anos e afirmo que a lição da IIª Guerra foi pra valer. Não há, lá, mais alucinados que aqui.
Mas, as perguntas são: a quem interessa a manutenção no poder de tiranos e terroristas sanguinárioos nas áreas atingidas? A quem interessa a nova invasão "pacífica" da Europa pelos "bárbaros"? Por que os países árabes e africanos fora do comflito não lhes interessam, ou os aceitam? O que, realmente, está por trás dessa estratégia?
Há que deixar de lado pieguismo, hipocrisias e falso humanismo, e dar resposta a tais questões. Forte abraço!

Celso Panza disse...

Não ia comentar nada,mas seria covardia minha, embora sempre você envie seus textos para comentar.Só quem não conhece Kobane na Síria em inúmeros documentários, arrasada e acabada, pode achar que um pai com duas crianças, que não conhece armas nem acesso as mesma tem, pode pegar em armas para enfrentar terroristas treinados. É ato de coragem tentar fugir como tantos tentam, há uma luz de esperança, sem absolutamente nenhuma covardia, andando com fome e esperança em busca da sobrevivência. ATO DE CORAGEM QUE POUCOS TERIAM! Falar em covardia nessa conduta é um tipo de covardia (pense nesse ato de consciência e em qual seja a razão), pois todos têm direito de defesa e esse infortunado pai não tem para quem o adjetiva de covarde,(não li em lugar algum essa adjetivação) a mesma covardia de explorar a imagem da criança morta, cada um na mídia ao seu jeito. Conheço covardes, bravateiros e outros do mesmo gênero. Não se tem medo quando abrigado, no conforto de sua casa, sem maiores ameaças,mas alguns não abrem nem portas nem janelas, por medo, e não há nenhuma guerra civil nem terra arrasada por aqui, qual razão de não irem para as ruas combater a violência(?). Façam isso ou serão covardes!! Mas o medo é variado, de eecuro, de alturas, de lugares fechados, de sair de casa, etc. De refugiados a história,para quem a conhece, está cheia. Esse pai é um herói covarde é a primera vez após a exploração da imagem dessa criança morta que ouço falar, melhor, a segunda, a primeira foi sua também, vc me conhece, e também minha franqueza, faço a defesa do pai, todos por direito universal merecem defesa. Abraço. Celso

Shirley Brunelli disse...

Sobre a questão dos refugiados, é preciso muita prudência, como disse o amigo aí... Um álibi para invadir de vez a Europa?
Jorge, estou com muito medo...
Beijos e lindo domingo!

Marcelo Pirajá Sguassábia disse...

Não tenho ainda opinião definida sobre o assunto, Jorge. Até porque o drama - pelo menos na esfera midiática - é recente. Abraços.