A
calma da noite
Tudo silêncio. Não
se ouvia a barulheira infernal das cidades.
O mundo mudou para pior, bem pior. O desrespeito pela sociedade parece ter
tomado conta de tudo. Não parece, tomou
mesmo. O próximo vale de nada,
perderam-se em definitivo os valores.
É só aqui? Todos
fazem a pergunta. Não. O mundo caminha por trevas. Estas vias obscuras parecem ter tomado conta
em definitivo do poder.
É o crack amaldiçoado, o sintético químico que mata aos
poucos, sem ninguém perceber. O ecxtasy
arrebenta tudo, corpo e alma. Mas tem
cada vez mais adpetos, que não tomando conhecimento da acumulação progressiva
no corpo, usam indiscriminadamente a droga que deixa a boca seca.
É o mundo que se vive hoje, não por todos, mas por
minoria que pode contagiar. Era o que
acontecia com o casal que não passava dos vinte e cinco anos de idade. Bebiam água, muita água. Os sensores cerebrais haviam perdido o
controle sobre o corpo. A casa da balada permitia que tal fato
acontecesse. Assim é no mundo
inteiro. Parece que os jovens,
especialmente os que não foram educados com carinho por pais e mães, perdem-se
no aparente mundo encantado.
O mundo é assustador e maravilhoso, ao mesmo tempo. Será que é fato de hoje?
Tudo leva a crer que não.
O mundo mudou. Impossível saber,
se no silêncio da madrugada, estamos descansando, dormindo ou não.
Para muitos, as noites altas são feitas visando o
descanso. Outros, e não são poucos,
gostam de aproveitar o período para produzir.
Suave é a noite,
de Scott Fitzgerald, é um dos exemplos.
A noite é tranquila. Pode sim, pode não. Afinal, é uma questão de gosto. Nada
mais.
6 comentários:
Jorge querido, como sempre levantando questões polêmicas, que nos obrigam a pensar.
Entendo como você. E o mundo de hoje, com a doença, você não previu, nada demais, ninguém poderia saber a maldição que se abateria sobre nós. É nessa que todos vamos? Não creio. O mundo já passou por isso, saiu chamuscado, mas saiu! Acho (todos acham alguma coisa) que é meio feiticeiro...
Beijo.
Carmem
Excelente, meu amigo Jorge. O duro, nos dias atuais, é não saber para onde vamos, qual a previsão de nosso futuro. Parece que um desânimo, um desencanto com tudo e com todos nos contagia, nos deixa sem rumo... nossa estrada de vida aproxima-se do fim, tenho muito receio é em relaçào às gerações que nos irão suceder...
Jorge, de fato nada mudou essencialmente. Seguimos os mesmos os mesmos predadores ancestrais empenhados em destruir todas as espécies, inclusive a própria. Abração, Marujo!
Uma crónica dura e real do mundo atual.
Espero e desejo que esteja bem de saúde.
Abraço e saúde.
Querido amigo Jorge, também digo sem dúvida nenhuma: o mundo mudou para pior! Onde estão as crianças com sua infância protegida? Onde estão nossos jovens com aquele idealismo forte e ansioso pelo trabalho, visando e correndo atrás de suas metas, de seus sonhos em prol de uma sociedade melhor? Começou a decadência com o uso das drogas, lá atrás...
Um texto cheio de verdades. Sinceramente, não estou lá com todo o otimismo achando que o mundo pós pandemia irá melhorar muito.
Beijo, um bom domingo, amigo.
Às vezes creio que a mudança do mundo... apenas se trata de uma nova roupagem da decadência de sempre... seja a que Scott Fitzgerald já abordava nas suas obras... tão presente e acentuada nos loucos anos 20 do século passado, para um mundo em convulsão e transformação, entre duas Guerras Mundiais... como a que já se verificava há 2.000 anos atrás, e que levou Jesus ao cepo.
O mundo sempre esteve na lama, como agora, Jorge... mudam-se os tempos e as circunstâncias... mudam-se as vontades... mudam-se as moscas... mas a essência podre e corrosiva do mundo permanece. Não sei em que ponto a essência da humanidade se estragou... mas para essa... ainda não descobriram vacina. Acho que é erro de Criação mesmo!... Bicho, tem bem mais verdade e autenticidade...
Acho que a culpa disto tudo... foi do meteorito! :-))
Se os dinossauros continuassem existindo, e tivessem feito do bicho antepassado do homem, aperitivo de refeição... o mundo era um lugar bem mais puro e respirável, e menos fora dos eixos, do que no presente. Mas veio o meteorito... e mudou as regras do jogo. Sobreviveram os ratos de pequeno porte, da época... e deles... de alguma costela torta, deve a humanidade ter evoluído...
Adorei a sua crónica, que magistralmente traçou um assertivo perfil, deste nosso muito questionável presente...
Um beijinho! Estimando que se encontre de saúde, assim como todos os seus! Votos de uma semana, o melhor possível! Aqui... está tudo a desconfinar tão alegremente... com poucos vacinados ainda... que não tenho a menor dúvida... de que ninguém ainda aprendeu mesmo nada, nesta altura do campeonato... brevemente volta tudo para dentro de casa, daqui a umas semanas. E é isto... a humanidade em loop, repetindo os erros de sempre em ad eternum... tudo muda... para tudo ficar igual... quando não, às vezes, ainda pior...
Ana
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