sábado, 31 de outubro de 2009

A mulher e o silicone

Beleza/Google












Mania infeliz, esta do silicone, que não vai durar muito. Os males começam a aparecer.
Como se fosse uma experiência de laboratório, a mulher repentinamente só está na moda se for “turbinada”. Seios horrorosos, com o produto em quantidade alta, disformes, parecendo bolas, traseiros tanajuríssimos, neologismo que acabo forçosamente de criar, lipoaspiração para valer, e lá vai ela, na praia com o seu minibiquini, nos shoppings com a calça justa e o salto dez, blusa audaciosa.
Até alguns anos passados, seria vista como uma prostituta mal-paga. Hoje é moda, grande parte das mulheres está assim.
Parece que o bisturi que mudava narizes, retirava rugas, alterava bocas, não é mais tão importante como um farto par de seios que parecem querer escapar das blusas ou vestidos.
Eu pessoalmente conheço três casos que o silicone arrebentou, fazendo um estrago nos seios. A correção é sempre dolorosa. Não acredita? Pergunte a qualquer médico. É bom evitar o cirurgião plástico.
Interessante. Jamais escrevi crônica como esta. Não estou censurando ninguém, e caso pretendesse, que autoridade tenho para isso?
Claro que a mulher com um nariz de Pinóquio deve fazer uma plástica, como a mulher que tem o peito parecido com o do homem, um silicone razoável vai muito bem. Entrou a estética, não se discute.
Mas um pouco de bom senso é mais do que valioso nestas horas de peitudas e tanajuras.

3 comentários:

Roseane Ferreira disse...

Caro Jorge,
A febre da beleza, do estéticamente correto é algo que trasgride, transpõe os limites do aceitável...mas cada um sabe ao que necessita, seus valores, o que o fará supostamente melhor.Eu pessoalmente aposto na cirurgia plástica estética para algumas necessárias, visivelmente necessárias situações,mas nada que roube a minha naturalidade...
abraços!
belo e polêmico tema!
Rose

Márcia Sanchez Luz disse...

É, Jorge... Quando a preocupação do ser humano se restringe a silicones, tudo fica meio complicado... E onde estão os valores éticos? Tudo bem se preocupar com a beleza, mas sem exageros, não é mesmo?

Beijos

Márcia

Caio Martins disse...

Aplausos, Jorjão: ... traseiros tanajuríssimos...! E peitos borrachudos sob um cérebro de ostra em estágio terminal... Descartáveis. Todavia, a estupidez humana não tem limites, não importa o gênero.
Daí a importância do seu artigo,ainda mais quando complementado por Mulheres imprescindíveis como Márcia e Anezinha. Aos três, aplausos entusiásticos! Deus, teoricamente responsável pelos "originais de fábrica", certamente festeja no Céu.