terça-feira, 15 de julho de 2014

A Copa de 2014

               

            Dizem todos que o comportamento dos jogadores alemães durante a Copa Mundial de Futebol, em 2014, foi exemplar.
            Errado.  A equipe é bem treinada e joga com vontade.  Isso não se discute. 
            Existe uma regra desportiva.  Não humilhar o adversário.  Foi exatamente isso que fizeram contra nós.  Qualquer atleta sabe perfeitamente quando o seu adversário é bem mais fraco.  A seleção brasileira estava ridícula, não se entende como um país com tradição consagrada no futebol pudesse apresentar um plantel tão medíocre.  Nunca o Brasil foi tão mal representado, esta é a verdade.
            Os alemães perceberam isso, não são idiotas.  Treinados, fizeram o primeiro gol.  O time brasileiro estava como barata tonta.  Veio o segundo gol, e não demorou, o terceiro.  Ora, os alemães viram claramente que o Brasil estava batido, não era adversário, mas prosseguiram nos ataques fulminantes, como na passada ‘guerra-relâmpago’.  Massacram o adversário nitidamente muito inferior, numa atitude que não condiz com o esporte de atletas selecionados.
            Não é desculpa de perdedor, o Brasil estava uma vergonha em campo.  Mas depois do três a zero, com a vitória mais do que garantida, partiram para a humilhação.  Não seguraram o jogo, como um adversário cavalheiro, e dentro da casa deste.  Humilharam com sete gols.  E os brasileiros, que talvez não conheçam estas regras do esporte praticado com respeito e dignidade, transformaram os jogadores alemães em heróis.  Um erro, que só as sucessivas vitórias em todos os outros esportes, futebol incluído, claro, vai lavar a alma do torcedor brasileiro.

            Saudades de Nelson Rodrigues e João Saldanha... 

13 comentários:

CELSO FELÍCIO PANZA disse...

Jorginho, meu querido amigo mais que cinquentenário, aceito seu convite, com prazer. Coheço história, é o que satisfaz minha curiosidade, mesmo antes de estar em locais históricos os conheço antes, amplamente. De futebol conheço pouco, mas aí vai.

Na Copa do Mundo de 1950,jogos realizados em Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, a Seleção Brasileira fez a sua maior goleada em Copas, com o placar de 7 a 1, sobre a Suécia. A partida foi em 09 de julho, no Maracanã, Ademir marcou quatro gols para o Brasil, Chico fez mais dois tentos e Maneca completou a goleada.

A segunda maior goleada do Brasil em Copas do Mundo também foi em 1950, sobre a Espanha, placar de 6 a 1, tudo o que precisava para chegar à final, e enfrentar o Uruguai, Maracanã lotado. No 50º aniversário da FIFA, a Copa do Mundo de 1954 foi realizada na Suíça, os placares foram mais dilatados também. A Seleção Brasileira conquistou a sua terceira maior goleada no torneio,Genebra, no Charmilles Stadium, o time canarinho atropelou o México por 5 a 0, gols de Baltazar, Didi, Pinga, autor de dois, e Julinho.
E seria alongado listar mais goleadas da seleção, muitas, onde, creio, não houve desrespeito, os jogos se desenvolvem de acordo com o dia, o preparo, a própria sorte.

Não há desrespeito no esporte, mas em outros setores humanos como a indesejada e infinita guerra na Palestina, mortas muitas criaças e civis, reiteradamente um fato notório, onde a crueldade é maior que a legítima defesa. Esse o grande desrespeito à huamnidade e dignidade do homem. O Brasil não precisa de fábricas de craques com faz a empresarial Alemanga, sim, precisa de organicidade e ausência de soberba, o tal "sapato alto" calçado antes das chuteiras.

Alguém viu a Nike confeccionar e alardear publicamente as chuteiras especialissimas que fez para Neymar, com nome em cada pé de seus familiares para outros craques(?). O Brasil sempre teve esse ufanismo em futebol, e não é a primeira vez que acaba mal. Nada que o tempo, soberano, não supere. Abração. Celso

Rita Lavoyer disse...

Perdoe-me, caro Jorge, mas não concordo que os alemães humilharam.
Se houve humilhação quem a promoveu foi a própria seleção brasileira. Não haveria humilhação se os próprios jogadores brasileiros tivessem se retirado do campo, saído em disparada para mostrar ao país do futubol como se vence o orgulho e como desmascarar uma farsa.
Os alemães foram bons e justos. Fossem terríveis teriam enfiado mais dezenas de bolas na rede.
Fosse, de fato, as regras, como você nos esclarece no seu texto, muito bem escrito por sinal, fossem as regras de conhecimento de todos os direigentes de futebol, a própria FIFA, a CBF teriam que, por obrigação, ter encerrado o jogo nos seus 25 minutos de início.
Quem não quer ser comido por leões que sabem para que lhes servem os dentes , não entra na arena.
Não quero conspirar, tento levar meu pensamento pra longe quando me vem no pensamento quanto ganharam para amarelarem naquela partida.
Não estou caluniando, mas tão somente usando do meu direito de pensar alto. Fazer o quÊ? aquele resultado nos dá margens para tudo, inclusive para pensar que os jogadores do Brasil tomaram purgante antes do jogo.

Caio Martins disse...

Jorjão, dizem que após o jogo, acharam mais uns quatro gols no Minerão ao fazer a limpeza da mesa de autópsia, digo, do gramado...
A seleção alemã foi exemplar, veja-se o que deixaram para a população da Bahia. O resto, meu bom amigo, é conversa mole pra boi dormir. E vamo que vamo!

Marcelo Pirajá Sguassábia disse...

Eu concordo com a Rita, Jorge. Não acredito que tenha havido a intenção de humilhar, por parte da Alemanha. Mas respeito seu ponto de vista. Abraços!

Célia disse...

"Quem não tem competência que não se estabeleça..." Salto alto, meu caro Jorge dá tombos homéricos! Chuteiras coloridas e douradas... cabelos oxigenados... estão mais para passarela que para gramado! Empresários e Mauricinhos, com suas contas altamente recheadas, estão numa boa... na Europa! Cómo te sientes?
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Tais Luso de Carvalho disse...

Não, não concordo amigo Jorge! A Alemanha treinou... treinou e jogou um bolão e ainda teria de fazer gentilezas? Pode crer que se fosse o Brasil faria 15 gols sem sentir constrangimento. Enquanto a Alemanha se preparava, nossos atletas passaram 3 horas no salão de beleza pintando cabelo, exibindo suas tatuagens e uns bigodinhos horrorosos dos canastrões dos anos 30 (kkk), além de faturarem alto nas revistas, jornais e mídia em geral vendendo de tudo. E pareciam baratas tontas a cada gol.
A verdade é que o Brasil não é mais o país do futebol. Onde estão os gênios do futebol brasileiro?? Enquanto a Alemanha tinha uma Seleção, a nossa Seleção chamava-se Neymar. Entravam derrotados e saiam chorando. Ou rezando. Mas que coisa mais horrorosa. Que dinheirão gasto!! Você viu quanto sairá por mês para manter os estádios? Quem bancará isso? Loucura Nacional!! Não temos seleção.
Abraço, Jorge!

Anderson Fabiano disse...

Resumindo: Aplicação tática 7 X Empáfia 1. E tenho dito.

PS: Estarei pelas bandas do RJ amanhã. Vou ligar pra gente combinar um cafezinho no sábado. O que vc acha?

meu carinho,
Anderson Fabiano

Marco Bastos disse...

Também não concordo com seu ponto de vista, prezado Jorge Cortás. No dia que o placar das competições resultar não somente da competência no espote, já não saberemos que parte se deve à capacidade dos times e que parte se deu por conta das gentilezas e da diplomacia. As vitórias e derrotas nada significarão. abrçs.

Vera Fracaroli disse...

Olá

Deixei de prestigiar o futebol, quando percebi que tudo não passa de comércio e que um jogador de futebol a maioria quase analfabeto e ignorante vale mais que um cientista que dá a vida para a ciência e pesquisa e cria vacinas para salvar vidas vale menos que um REI da BOLA...simples assim.
o que mais preocupa não é a copa e sim que o Brasil não vai melhorar em nada
depois da copa!
Um abraço, caro Jorge!

Unknown disse...

O Brasil entra em campo sagrando-se campeão por ter no seu passado 5 titulos,
muito bem, o seu técnico com sua arrogancia tb se acha invencivel,
não convenceram ninguem com seu jogo apagado, chegam as quartas de final e começa o fiasco, e pra piorar a tragédia do povo brasileiro, os jogadores
recebem R$ 800 mil cada pra nos decepcionar mais ainda. Esse monte de dinheiro
deveria ter sido doado, pra realmente mostrarmos que somos humildes, e não depois dessa vergonha toda ainda publicar essa nota vergonhosa. R$ 800.000,00
é uma vida de trabalho de um profissional bem sucedido, quem dirá de um trabalhador que de sol a sol sua a camisa literalmente, que vergonha desse PAIS...
-LAMENT​AVEL!
Um abraço!

Carmem Velloso disse...

Ah, Jorge, para com isso! Você está cansado de saber que esta seleção representava os capitalistas, rs! Não era a "pátria de chuteiras". Se está querendo nos testar, já conseguiu uma sequência de "nãos".
Beijo.
Carmem

Unknown disse...

Já disse em outra ocasião que não gosto de futebol. Sou uma professora que batalhou durante meio século vivendo sempre contando tostões. Irrita-me a inversão de valores. Jogadores de futebol= heróis; cientistas,médicos, professores e tantas outras profissões que tratam do /com o ser humano = 0. Abrs

petuninha disse...

Olá, Jorge!
Não concordo que na atitude da Alemanha tenha havido humilhação, de propósito, ao time brasileiro.
Maior humilhação foi na copa da Argentina em 1978, que para desclassificar o Brasil, nossos hermanos paraguaios, guaranis,aceitaram o conchavo para serem derrotados de 8 a Zero. Neste caso houve humilhação para o Brasil que em vista disso não pode classificar-se,e poderia ter sido até campeão.
Pouquíssimos sabem que devido ao vasamento de uma notícia, falada em alemão pelo treinador Joacqim, quando houve a última substituição da seleção, disse ao jogador que ia entrar em campo para substituir, que avisasse aos colegas que continuassem até o final sem fazer mais gol.Aqui em casa percebemos que havia algo estranho, porque a bola que chegava próxima à trave do Brasil, era recuada para que não fizessem mais gol. Houve crítica da imprensa pelo ritual dos Pataxós realizado pelos alemães diante da Taça, ritual este que foi ensinado aos alemães como se festeja uma vitória. Assim como em outras partidas de futebol quando os jogadores fazem gol, festejam com sapateados, danças, saltos mortais e simulação de embalar um bebê.
Penso que não haveria maior delicadeza do que a ambulância que doaram `para a comunidade Pataxó, bem como a ótima construção do hotel que doaram para ser transformada em escola.