segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Eleições brasileiras

       

            Mais uma vez temos como principais opositores, na eleição presidencial, o PT e o PSDB.
            Como sempre, brigas e acusações.  Metas de governo são prejudicadas, com esta discussão infantil.  Mas o povo gosta!  Afinal, é a festa da democracia, a disputa do executivo, tanto federal, como estadual.  Cada um certo que a vitória será sua.  Tanto os candidatos a governador, como a presidente da República.
            A seca que está ameaçando São Paulo é culpa do governo Alckmin, reeleito com folgas.  Em setenta anos não havia tão pouca falta de chuvas, ninguém sabe explicar direito esta anomalia, mas a culpa é do governador, que deveria ter previsto a seca e tomado as providências cabíveis – não sei quais. O rio São Francisco, o “Velho Chico”, que nasce na Serra da Canastra, Minas Gerais, está com sua principal fonte sem nenhuma água.  Ainda não acusaram o governo.
            As trocas de acusações atingem, como não poderia deixar de ser, as redes sociais, hoje as reguladoras da vida internacional, interessante fato novo. Não saiu na rede?  Ora, não tem valor... É ela a indicação exata da verdade de um povo!  Até onde isso vai chegar, não temos cálculo.  Publicações especializadas, pesquisas feitas por entidades de maior valor e segurança de nada valem diante da verdade do Facebook ou Twitter, por exemplo.
            Não, na se está reclamando destes fatos, apenas fazendo referência, pois a festa é do povo apaixonado, que xinga, briga e ofende apaixonadamente, tudo em nome do seu candidato, claro, muito melhor do que o do adversário.
            A cada nova pesquisa de intenção de voto, uma festa ou um velório.  Tudo culpa dos institutos, uns vendidos e mentirosos, dizem os adversários políticos.  A mais nova novidade é a fraude nas urnas.  Infelizmente, esta probabilidade é possível, como demonstram experiências feitas em universidades, principalmente.  Já tentamos comercializar nossa urna eletrônica diversas vezes.  Ninguém aceita, embora o resultado de uma eleição seja conhecido no mesmo dia do sufrágio.
Motivo?  Suspeita de ataque pirata ao sistema eleitoral.  Nenhum país se interessou pela nossa máquina.

            Vamos votar no horário de verão, amado por muito e odiado por outros tantos. Uma hora a mais do que o tempo universal, coisa pouca, mas motivo de discussões ferozes, como as que envolvem o Flamengo e o São Paulo, incluindo o Atlético e o Internacional.  Claro, o futebol está no sangue brasileiro, e estamos esperando uma oportunidade para uma cruel vingança contra a Alemanha, que para os mais fanáticos não deixou de ser nazista, valei-me meu Padim Padre Ciço, o Santo do Sertão.


Publicado no Pravda de 22/10/2014


       http://port.pravda.ru/news/desporto/23-10-2014/37501-eleicoes_fraude-0/

16 comentários:

Blogat disse...

Muitos ângulos, muitas verdades, muita paixão. E vc, amigo, como sempre, com o texto pertinente.
Bjs

Célia disse...

Olhe, meu caro Jorge, muitas romarias ao "Padim Padre Ciço", o Santo do Sertão, serão necessárias para exorcizarmos esses diabólicos, pretensos candidatos que nos poluem mente, visão e audição com suas "farpas esfarrapadas"... Valei-me "Todos os Santos"... Quanta lambança! Nosso Brasil não merece isso!
Abraços.

Marco Bastos disse...

veni, vidi, vici, e no mais é queimar os barcos. Não dá para ouvir pessoas que já perderam totalmente a credibilidade. O brasileiro gosta de conversar. abrçs.

Celso Felício Panza disse...

Jorginho, muitas verdades você que gosta tanto da ficção em "causos e mais causos", e um excelente contraponto à idiotia dos que estão no governo federal e, desesperados diante da possibilidade de desbaratamento do "grupo", fato bem viável nas urnas, culpam a gestão de São Paulo pela falta de chuva,RIDÍCULO. Vamos culpar São Pedro então, mas a roubalheira provada e formalizada instucionalmente, pela "delação premiada", não faz parte ds fenomenologia climática rigorosa faz um ano, sem chuvas regulares. Que esse fenômeno leve em vantania de cidadania esse período sombrio do Brasil. Deus é pai, e o pai não abandona os filhos Abraço. Celso

Tais Luso de Carvalho disse...

Sabe quando esse circo vai acabar, Jorge? Nunca! São os mesmos no país de sempre. Parece uma dinastia, onde se governa igual, se rouba igual, se mente igual, se engana igual. E se atacam igual, cada um culpando o outro, pelo passado, presente e futuro!!
E os coitados, que somos nós, continuamos igual, votando nos mesmos!! Aliás, obrigados a votar.

Abraços.

Nadir D'Onofrio disse...

Caro Jorge, excelente texto, infelizmente algumas pessoas necessitam de um bode expiatório, para descarregarem sua ira.
Agora está sendo a vez do governador de São Paulo, ele é o culpado, pela estiagem prolongada!
Aqui na serra há nascentes, lagos por todos os lados, não dependemos da represa da Cantareira, porém hoje, já notamos a redução espantosa, das mesmas e, níveis dos lagos. A
​s​ chuva​s​ ​torrenciais​ presente​s​, diariamente, nessa época, ​em​ 2014 ​desapareceram​, ​não chove, ​nem por milagre.
Culpados somos todos nós, quando não respeitamos a natureza. Quando lemos sobre as estáticas com dados alarmantes e, não exigimos dos governantes providências cabíveis.
Está ruim, com certeza irá piorar, Gaia, está mostrando aos seus filhos, o resultado
​da falta de conscientização​

​Nadir​

Carmem Velloso disse...

E nós, amigo Jorge, que nada temos a ver com os fatos, acabamos, como você costuma dizer, "pagando as custas do processo".
Beijo.
Carmem

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

Olá Jorge, é sempre interessante ler suas crônicas nesta fase Política. E tem momentos que sinto vergonha de ser uma Brasileira, diante do que tenho visto de ataques entre candidatos a Presidência, ofender é o que vale entre os debates.
O Povo tem o que merece, só espero que desta vez seja diferente!
Abraços,
Efigenia Coutinho

Vera Fracaroli disse...

Nossa terra tem donos. Poucos donos. Pouco preocupados com a alimentação da população, a preservação do meio ambiente, os direitos dos trabalhadores rurais,
o emprego, a sobrevivência da fauna e da flora, a exploração consciente dos recursos hídricos e minerais. A maior floresta do mundo é sistematicamente estuprada. Empresas internacionais, madeireiras, ONGs roubam sua riqueza,
queimam sua grandeza. Os Povos da Floresta choram! Nossos ancestrais desapareceram, não vêm mais à noite para conversar.
Abraços Jorge, esta crônica nos faz parar e pensar, sempre esperando um milagre, milagre este de um Brasil melhor!

Unknown disse...

Nossa cultura está vilipendiada, invadida pelo que há de pior na pátria mãe do imperialismo, destituída do brasileirismo, contaminada pelo viés financeiro,
distante da nossa realidade, longe dos nossos valores. Até o futebol, antes maior
orgulho do povo oprimido, pois eram os seus filhos a brilharem nos campos, resumiu-se a meros
7 x 1.
Um abraço amigo, pedimos sempre um milagre.

Artes disse...

Nossas praias são privadas, descarregam os excrementos dos ricos, cercadas e
cerceadas para os pobres. Em muitas delas as línguas predominantes são o inglês e
o espanhol. Até nosso falar está se perdendo.
As estradas conduzem os caminhões abarrotados de riquezas que produzimos mas
não desfrutamos, o desvio de recursos naturais, a propiciar altos lucros para os
donos dos pedágios.
As cidades são uns amontoados. Os transportes públicos inseguros, sujos, lotados, caros. Cerca de 40% da população não têm saneamento básico, a violência,
inclusive policial, campeia, não há teatros, cinemas, quadras de esportes.
Este é o Brasil, esperando que haja a mudança tão esperada sem ilusionismos e sem promessas vãs.
Abraço Jorge, como sempre pertinente suas crônicas.

Unknown disse...

Enquanto isso... Os ricos estão cada vez mais ricos. Os banqueiros nadam em lucros exorbitantes, as transnacionais abastecem seus cofres e suas filiais de recursos aqui gerados. Os milionários e os bilionários se refastelam em suas mansões cercadas de grades e seguranças. Dominam os governos, os deputados, os senadores, os vereadores,os meios de comunicação. Dão as cartas em um jogo de cartas marcadas.
Não há mais diálogo. É impossível o escravo conversar com o feitor. Uma fétida e imensa vala nos separa. Uma vala insuperável. Nossas necessidades, nossos
interesses, nossos sonhos, nossas vidas não nos permitem conviver com nossos algozes.
Para a vida continuar a viver, o sorriso a sorrir, a floresta a florir, o sol voltar a
nascer, isso tem que acabar. Acabar de vez. Acabar porque seu tempo passou.
Só acabar! Não somos estudados nem letrados. Não nos permitiram. Temos apenas a dor em nossa carne a nos ensinar a mais dura das lições: se não fizermos por nós
mesmos, ninguém o fará. Não há iluminados, grande pai, ricos bem intencionados.
Somente dois lados distintos, antagônicos. Queremos o que produzimos. Eles querem
o que é nosso. A justiça, a verdade, a igualdade e a própria vida estão do nosso lado.
Tomemos para nós.
Acordam, pensem que a esperança ainda pode brilhar!
Um beijo Jorge, sua crônica sempre vem a calhar, obrigada!

cristinasiqueira disse...

..o amigo é lúcido ao observar os fatos e aguça a nossa crítica
Sempre bom lê-lo .
Compartilho por ser didático,enfático e apesar da cru realidade é um texto ético e leve.Gosto muito do relevo com que você pontua este nosso momento político hipnótico e misterioso.

Anderson Fabiano disse...

E lá se vão 20 anos de nossa história nas mãos de apenas duas agremiações: PT e PSDB. É pouco!
Ideologia = ZERO; Brasilidade = ZERO; Responsabilidade civil = ZERO, mas o brasileiro escolheu dois nomes para que apenas um governe nossos destinos pelos próximos quatro anos. Então, vou apostar minhas parcas fichas na alternância esperando que uma reoxigenada nos crie alentos.
Se não der certo, volto daqui quatro anos e tento, de novo, salvar o que restar de nosso amado país.
Só não quero ser Cuba. Prefiro ser Brasil mesmo. Com todos os absurdos que nos fazem tão especiais.
Meu carinho, irmão querido,
Anderson Fabiano

marcia disse...

Jorge,agora...é só esperar e pagar pra ver começar tudo de novo...Abraço

Rita Lavoyer disse...

Ave Maria, amigo! Mais nada a dizer. Continuaremos a acordar cedo para defendermos o pão nosso de cada dia. AMém!