Experimentado em política, Fernando Henrique Cardoso
aparece com uma solução nova para a crise política que estamos atravessando. Sugere que Temer, num ato de civilidade,
renuncie e coloque o mandato de presidente da República sob votação livre,
antecipada.
Absurdo que se o notável professor está fazendo por
convicção própria, ou tentando ser o ‘salvador da pátria’, vai terminar por ser
o traidor da Pátria. Quando Ulysses
Guimarães, presidindo a Câmara dos Deputados, deu como proclamada a
Constituição de 1988, foi claro no seu discurso. A Carta podia tudo, menos ser desobedecida. Presidindo a Câmara de Deputados, afirmou que
“trair a Constituição, é trair a Pátria.”
Em todo o mundo, trair a Pátria é crime capital, punido
com a morte.
Ora, sabe FHC que nossa Carta diz ser o mandato
presidencial de quatro anos. Para ser
menor, é necessário que a Constituição seja alterada, o que só é possível com
maioria absoluta do Congresso. Tal
modificação não seria votada, mesmo em caráter emergencial, até os princípios
de 2018, pleno ano eleitoral. De que
adiantaria esta suposta salvação , em nome da governabilidade? Em nada, claro.
O ato seria totalmente contra a Constituição e, portanto,
contra a Pátria. A solução correta não vem de grandeza pessoal, que Temer, com
meu máximo respeito, acredito não ter. Poderia renunciar sim, e cadeira ser
votada no Congresso Nacional. Só esta
forma é constitucional, as outras seriam traições da pátria, segundo os
maiores juristas do país, que seguem a doutrina de Ulysses. É unanimidade, acredito.
Nada de fisiologismos.
Ou teremos traição contra o torrão natal, um dos mais nojentos crimes
conhecidos no Direito Penal e atos praticados contra o Direito Constitucional.
É bom confessar: sou admirador, grande admirador de
Fernando Henrique Cardoso, um estadista que já salvou nosso Brasil, com o seu Plano
Real. E como homem, uma figura séria, arguta e
simpática.
10 comentários:
A "imagem" observa a "pinguela"? Olhe, meu caro Jorge, querer compreender "os cabeças brancas" ou "cabeças pretas" está tão difícil que é melhor combinar com "os russos"... E, para lá se vai nosso "cabeça grisalha mor..."
Nosso país transformou-se em um circo... Basta jogar a lona por cima que "palhaços e pernas de pau" têm em abundância. Agora, malabaristas e mágicos, somos todos nós...
Abraço.
Para o crime de traidor da pátria, a pena seria a morte. Quem daria a sentença? Quem a executaria? Com certeza a pena não seria aplicada.
Também não entendi, Jorge. E continuo entendendo cada vez menos... Abraços para você.
Oi Jorge, confesso também, que estou entendendo cada dia menos!
Quanto ao 'FHC', entendo menos ainda, deve estar no mínimo com problemas de memória. Vi uma entrevista com ele, acho que entrevistado pelo Roberto D'Ávila, disse lá pelas tantas que Dilma era ética, mulher cheia de moral, honesta!
Pois á, vá lá eu entender...
Beijo, amigo!
corrigindo:
Pois é... vá lá eu entender...
Sim, meu querido Jorge. Fernando Henrique tomou uma posição que ninguém entende. Ser constitucionalista não é sua especialidade, mas como ex-presidente da República, tudo leva a crer que ele deseja ser o candidato da cadeira vazia, se Temer renunciar. Não vai acontecer nem uma coisa, nem outra!
Beijo.
Jorge, sinto-me confortável em minha posição de não ter canalha favorito. Diz o caipira que boi de carro não lambe o rabo e que vaca velha não dá leite nem serve pro assado.
O Fefê sempre teve os pés no Brasil, a cabeça em Wall Street e o coração em Paris... Agora, deve andar a fumar lulonha. Forte abraço!
A situação já está toda mudada, Jorge. Onde vamos parar?
Grande abraço.
Eduarda
Aprendo muito com tuas publicações. Te admiro. Abraço.
Bom dia Querido Escritor Jorge,
Gosto demais de ler teus textos, sempre aprendo com eles.
Vejo que nosso país está no esgoto, não consigo imaginar uma saída.
Mas, parabéns - sempre pelas suas reais e belas postagens, em seu blog.
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